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Grau de investimento foi vital na recuperação de ações após crise
11/04/2010 | 07:36
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A pontuação máxima do Índice da Ibovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foi alcançada em maio de 2008, três semanas depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's conceder ao Brasil o selo de qualidade chamado grau de investimento.

Hoje, quase dois anos mais tarde, o Ibovespa volta a namorar número histórico. Sexta-feira, o principal termômetro da bolsa brasileira fechou nos 71.417 pontos, 2,86% abaixo do recorde (73.516).

Em condições normais, esse desempenho seria considerado frustrante, pois um país que recebe tal promoção costuma assistir a uma forte valorização de seus ativos - as ações entre eles.

Nos últimos dois anos, porém, o mundo não viveu condições normais. Ao contrário: a crise originada com o estouro da bolha imobiliária americana é a pior desde a Grande Depressão.

Por isso, o desempenho "fraco" da Bovespa é relativizado por profissionais do mercado financeiro. Para eles, o grau de investimento foi vital, entre outras coisas, para que a bolsa brasileira se recuperasse tão rapidamente após o forte declínio que se seguiu à piora da crise global. Para se ter uma ideia, o Ibovespa chegou a cair para menos de 30 mil pontos em outubro de 2008.

"O grau de investimento trouxe mudanças substanciais para o Brasil", afirma o copresidente do banco Credit Suisse no País, Marcelo Kayath. "Em várias operações recentes que fizemos, tanto de renda fixa quanto de ações, percebemos a participação de investidores que antes não compravam ativos do País."




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