Os shoppings do Grande ABC aguardam autorização das esferas municipais e estadual para reabrir. Eles fecharam ao público em março, antes da determinação da quarentena pelo governo do Estado, e estão há praticamente três meses de portas fechadas. Na Capital, a expectativa é que o segmento volte à ativa amanhã, e a tendência é que as sete cidades façam o mesmo, assim como no caso dos escritórios e das concessionárias, cuja abertura foi flexibilizada desde segunda-feira. Enquanto aguardam pelo aval, os estabelecimentos estão se adequando.
Questionados pelo Diário, o Golden Square e Metrópole, em São Bernardo, ParkShopping São Caetano, Praça da Moça, em Diadema, e Mauá Plaza, na cidade de mesmo nome, informaram que estão se preprarando para a reabertura, adotando medidas de sanitização, desinfecção e instalação de pontos de álcool gel, por exemplo. Colaboradores, lojistas e terceirizados irão utilizar EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Ainda que o funcionamento dependa de diretrizes de decreto municipal ou estadual, a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) divulgou protocolo para auxiliar os centros de compras. O manual veta a realização de eventos e áreas como cinema e de recreação infantil devem permanecer fechadas. Na praça de alimentação e restaurantes, as mesas devem estar espaçadas e com menor número de cadeiras à disposição.
Funcionários e clientes devem utilizar máscaras e a temperatura de todos que entrarem no empreendimento deve ser aferida. .
No caso de reabertura total, o que deve ocorrer apenas nos próximos meses no Estado, a recomendação é que os protocolos de higiene sejam mantidos, assim como a conscientização dos frequentadores sobre o assunto. Atividades de entretenimento e eventos podem ser retomadas, mas com cautela e de forma gradual.
IMPACTOS -- Os shoppings não estimam prejuízos ocasionados pela quarentena. Porém, segundo a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), 15% das lojas já estavam fechadas ou em processo de fechamento em maio. Luís Augusto Ildefonso, diretor institucional da entidade, destaca que até 70% dos lojistas são pequenos empresários, justamente o perfil que mais sofreu com os efeitos do fechamento. “As pequenas <CF51>(empresas)</CF> vendem para pagar as contas e ter um pequeno lucro, e não há dúvida que muitas fecharão, principalmente porque já vínhamos com volume baixo de vendas <CF51>(antes da pandemia)</CF> e ficamos sem receita nos últimos meses.”