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Funcionários aprovam PLR de R$ 10 mil da Bridgestone

Quantia foi negociada após trabalhadores iniciarem estado de greve; operários terão mais um mês de contrato suspenso

Flavia Kurotori
Diário do Grande ABC
03/06/2020 | 23:59
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Denis Maciel/DGABC


Em assembleia realizada na tarde de ontem, os trabalhadores da Bridgestone, em Santo André, aceitaram a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil oferecida pela empresa. Os funcionários estavam em estado de greve desde segunda-feira exigindo negociação do valor. Também aprovaram mais 30 dias de suspensão dos contratos de trabalho, totalizando quatro meses.

Segundo Márcio Ferreira, presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, a PLR, referente a 2019, será paga em duas parcelas – a primeira, de R$ 9.000, na próxima semana, e, em dezembro, R$ 1.000. Além disso, a companhia irá pagar os dias em que os operários ficaram parados.

Conforme o Diário publicou na terça-feira, a pneumática havia oferecido PLR de R$ 3.800 na última semana e, na segunda-feira, chegou a propor R$ 7.000, mas retirou a oferta. Os colaboradores reivindicavam R$ 12 mil, mesmo valor recebido no ano passado. Isso porque a quantia se refere aos ganhos de 2019, que não foram afetados pela pandemia do novo coronavírus. Os funcionários também pediam que a negociação envolvesse a companhia, a comissão de fábrica e o sindicato.

Em relação à campanha salarial, o acordo será feito quando a suspensão do contrato de trabalho finalizar, ou seja, após agosto, uma vez que a Bridgestone aderiu à MP (Medida Provisória) 936, do governo federal, em maio. Entretanto, a data-base, em 1º de junho, foi mantida, ou seja, o reajuste dos vencimentos será retroativo. A reivindicação é de aumento de 5%, para reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 4,48% em 2019, e vale-alimentação de R$ 200 (atualmente em R$ 120).

“Juntou a situação do mercado (de pneus, cujas vendas caíram até 50% na pandemia) e a sanitária por causa do aumento de casos e aprovaram mais um mês de suspensão”, afirmou Ferreira. O sindicalista destacou que dos 3.200 funcionários, 90% – aproximadamente 2.280 – foram atingidos pela medida. “Apenas quem trabalha na produção de pneus para SUVs vai continuar trabalhando”, explicou.

Em nota, a Bridgestone afirmou que não comenta detalhes de negociações sindicais. “A empresa reafirma o seu compromisso com o diálogo permanente e com o cumprimento de todas as normas e legislação trabalhistas vigentes no País”, concluiu o comunicado.

PIRELLI
O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo informou que, na segunda-feira, assembleia para discussão da PLR será realizada na Prometeon (antiga Pirelli), também em Santo André, às 14h. A pneumática conta com aproximadamente 2.500 colaboradores e, no início de abril, também teve as atividades paralisadas em razão do avanço da Covid-19. 




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