Por volta de 19h30 já não havia mais ingressos – a entrada era franca mediante retirada antecipada dos bilhetes na bilheteria – e boa parte do público optou por voltar domingo e tentar assistir ao segundo e último dia da apresentação. Outros arriscaram um lugar em pé ou sentados no chão dos corredores. Senhoras e senhores, casais, adolescentes, jovens e até uma mulher de bengala tiveram de encontrar um lugar ao chão. E ninguém se arrependeu.
As pessoas se amontoaram no corredor de entrada com o teatro já lotado e passando das 20h (horário previsto para início do concerto). Um funcionário fez com que elas se acomodassem nas laterais. De início, com alguma educação, e, depois, de modo ríspido.
Foi um belo concerto. A obra-prima de Beethoven recebeu uma reverência informal do público – assovios, gritos de “bravo!” e aplausos entusiasmados – e um tratamento orquestral digno. O concerto durou 75 minutos e teve um bis, com a orquestra, solistas e coral repetindo a última estrofe do poema de Schiller (Ode à Alegria) e da música de Beethoven, para a qual toda uma época teve de se ajustar.
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