Número de mortes por Covid-19 na região aumentou 49% na última semana, chegando a 381 até ontem
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC aguarda posicionamento do Estado sobre aumentar a rigidez nas medidas de isolamento físico, o chamado lockdown. Em reunião virtual realizada na manhã de hoje, os prefeitos debateram o avanço da pandemia de Covid-19 na região. Na última semana, houve aumento de 49% no número de mortes e 17% nos casos confirmados. Já são 381 óbitos e 3.721 pacientes contaminados. De acordo com dados do colegiado, cerca de 80% dos leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) destinados ao tratamento da Covid-19 na região estão ocupados.
Presidente do colegiado e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania) destacou que a região não tem como tomar qualquer decisão individualmente. “Estamos nessa grande conurbação urbana que é a região metropolitana e todas as cidades têm ruas que metade estão em São Paulo, metade está no Grande ABC”, justificou.
Maranhão afirmou que os prefeitos têm acompanhado com preocupação o avanço da pandemia, mas que todas as medidas que dependiam das administrações municipais já foram tomadas. “Nosso índice de isolamento tem ficado em 50%, quando a gente sabe que o mínimo deveria ser 50%. Dependemos de apoio do governo do Estado, como a determinação de que a PM (Polícia Militar) faça a fiscalização, porque nós não temos meios”, pontuou.
O presidente afirmou, ainda, que a média de mortes no Grande ABC já é três vezes a média mundial, considerando o total da população. “No mundo, os óbitos estão em torno de 0,004% do total dos habitantes. No Brasil, 0,07% e no Grande ABC, 0,013%”, citou. “Certamente, medidas para aumentar o distanciamento inclui maior restrição na mobilidade e no transporte público”, completou.
TESTES
Gabriel Maranhão afirmou que o Consórcio ainda não descartou a aquisição de testes, como havia sido anunciado no final de março, mas que questões financeiras ainda estão sendo consideradas. “Quando resolvemos que íamos comprar, houve uma atuação dos Estados Unidos que comprou muito, inflacionando os valores. Ficou inviável a compra de um milhão de testes. Estamos mantendo as cotações atualizadas, mas também aguardando para saber se haverá recurso do governo estadual ou se o Estado vai enviar para nós os testes”, detalhou o secretário executivo do colegiado, Edgard Brandão.
O Consórcio concluiu a compra de 14 milhões de EPIs (equipamentos de proteção individual) e álcool em gel, ao custo de R$ 10,6 milhões, que começa a ser entregue nas cidades na próxima semana.
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