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Pelé não jogou. Mas aquele chute de Pepe...

A série Pacaembu 80 anos – Memofut 2020 – rende lindas histórias e descobertas. Hoje focalizamos o primeiro jogo deste palmeirense que se encantou com o Santos de 1964. E acolhemos uma medalha do futebol de tempos imemoriais. Lembranças e presente dos leitores de Memória, com um enigma

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
17/05/2020 | 23:59
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Minha primeira vez

Texto: Alencar Marcon

Assim como Humberto Sérgio Mariano (Memória, 9 de maio), que em 21 de março de 1964, sábado, dez dias antes da ‘redentora’, usufruindo de um presente de seu irmão ao completar 10 anos de idade, teve o prazer de ver no Pacaembu um jogo entre Palmeiras e Portuguesa, também tive minha ansiosa primeira vez, da qual jamais esquecerei.

Amante de futebol, palmeirense fanático por descendência familiar, morando em Águas da Prata, no Interior de São Paulo, na roça, e com uma aventura de vir a São Paulo (Santo André) sozinho para visitar parentes, não tive dúvidas: iria conhecer o Pacaembu e assistir a um jogo lá. 

Nem bem cumprimentei os parentes na chegada ao Parque das Nações e já cantei um tio e sobrinho para me levarem ao estádio, o que seria um sonho, e que foi realizado. 

Tá certo que a realização foi parcial, pois o Palmeiras não jogava em São Paulo naqueles dias. Mas pude conhecer o estádio. Ver Santos e Vasco jogarem. Emoção imensa, apesar de não ver o Rei Pelé – que não jogou. O alvinegro santista, no entanto, reunia uma infinidade de craques.

Lembro Pepe, ponta-esquerda, e a potência do seu chute. Portanto, conheci o famoso e lindo Estádio Paulo Machado de Carvalho no dia 29 de Março de 1964. 

Viva o Pacaembu, octogenário palco de grandes festas esportivas. Hoje utilizado por algo não menos importante, abrigando um hospital de campanha fundamental no socorro às vítimas da Covid-19, nesta triste pandemia que o mundo atravessa.

FICHA TÉCNICA

Domingo, 29-3-1964

Torneio Roberto Gomes Pedrosa

Santos: Gilmar, Ismael e Olavo, Mengalvio (Lima), Joel e Lima (Aparecido), Peixinho (Dorval), Rossi, Toninho (Coutinho), Almir e Pepe.

Vasco da Gama: Marcelo, Joel e Brito, Maranhã (Odimar), Barbosinha e Pereira, Zezinho (Sabará), Célio, Mario (Zezinho), Lorico e Ramos (Salzinho).

Gols: Coutinho, no 2º tempo.

Árbitro (chamado juiz): Airton Vieira de Morais.

Fonte: Acervo Estadão, 31 de março de 1964.

Que medalha é essa?

Texto: Alfio Mozol Gobbato

Há muitas histórias futebolísticas que não foram contadas sobre futebol, seus campeonatos e estádios como o Palestra Itália e Pacaembu. As minhas são as seguintes:

1ª – Quando pequeno, com 6 anos de idade, meu pai, José Gobbato, tinha um primo chamado Ivo Gobbato, locutor esportivo, comentarista na Rádio Panamericana, hoje Jovem Pan. Meados de 1952.

2ª – Tínhamos um parente que jogara pelo Palestra quando da fundação do clube, em 1914. Lembro o sobrenome: Gobato (com um ‘B’).

3ª – Tenho uma medalha que ganhei do meu avô, Caitano Gobbato, de um campeonato perdido no tempo. Sr. Caitano foi contemporâneo, talvez amigo, de figurões como os Martinelli, os Matarazzo.

Agora, uma pergunta, endereçada ao leitor de Memória, em especial aos integrantes do Memofut: seria possível descobrir que medalha é essa? Qual o jogo? Qual a época? Tenho 73 anos. Nasci em São Paulo, no Ipiranga. Meus avós vieram da Itália e criaram raízes neste mesmo bairro. Já minha mãe é de origem polonesa.

Diário há meio século

Domingo, 17 de maio de 1970; ano 12; edição 1236

Especial – O jornalista Hildebrando Pafundi e o repórter-fotográfico Pedro Martinelli iniciam uma série de reportagens focalizando favelas da região.

As três primeiras localizavam-se no Parque João Ramalho (Rua Ipiranga, em Santo André), Vila São José (São Bernardo) e Vila Sonia Maria (Mauá).

A de Mauá, em processo de formação, era chamada de favela do Buraco Quente, com 77 barracos.

Título da primeira reportagem: ‘São três favelas, miséria e desemprego’.

Nota – Pafundi e Martinelli são hoje consagrados jornalistas, com livros publicados e muitas histórias para contar.

Futebol – Em solenidade realizada na Sociedade Ítalo-Brasileira, a Liga Santoandreense de Futebol premiava os melhores da Taça Cidade de Santo André: SE Camilópolis recebeu o troféu de campeã.

Serenata – Os músicos Saulo de Tarso, Jânio Barbosa, José Antonio Simone, Geraldo Rosa, Oscar de Vito, Sinésio, Erasmo e Cabral revivem em Santo André uma das mais antigas tradições do Brasil.

Hoje

Dia das Raças Indígenas da América

Dia Nacional do Petroquímico

Dia dos Vidreiros

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Dia Internacional dos Museus

Em 18 de maio de...

1920 – Anúncio: Caulim (grafado kaolin). Para tijolos refratários. Vende-se. Estação São Caetano. Tratar com Pedro Lode. 

1975 – Jogos disputados pela VI Copa João Ramalho: no Estádio Bruno Daniel, Santo André 1, São Caetano 0; no Baetão, São Bernardo 3, Ribeirão Pires 1.

Em São José do Rio Preto, América local 0, Saad de São Caetano 1.

Santos do Dia

Claudia de Ancyra da Turquia 

Félix de Cantalice ou Cantalício

JOÃO I (Itália, Siena, 470 – Ravena, 18-5-526). Papa e mártir. Governou a Igreja entre 523 e 526

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 18 de maio:

Em São Paulo, Guaíra e Piratininga. Guaíra elevado a município em 1928, quando se separa de Orlândia; Piratininga elevado a município em 1913, quando se separa de Agudos.

Na Paraíba, Areia.

Em Pernambuco, Bezerros, Caruaru e Panelas.

Em Alagoas, Branquinha.

Na Bahia, Jaguaquara e Nova Soure.

No Rio Grande do Norte, Japi.

Fonte: IBGE




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