Economistas ouvidos pelo Diário divergem em relação ao que o País pode fazer, diante desse quadro de grande entrada de recursos de investidores externos e de apreciação cambial contínua.
Para Edgar Pereira, do Iedi, a primeira coisa a ser feita seria o Banco Central diminuir a Selic (a taxa básica de juros) para reduzir o estímulo à entrada de capital especulativo – a reunião de ontem do BC, que manteve a taxa em 11,25%, contraria essa receita.
“O governo também poderia sinalizar que a valorização do real não é desejada”, afirma o economista.
Já o professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, pondera que é inevitável o influxo de recursos estrangeiros. “O País é destinado a receber capital, já que tem tudo para ser feito”, disse.
Para Leite, o Brasil precisa ser competitivo no exterior via investimentos em inovação e design, por exemplo. Ele acrescenta que se poderia aproveitar essa maré favorável para captar fundos internacionais de desenvolvimento de tecnologia.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.