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Lute contra a pedofilia pela Internet
Marta Vargas
Do Diário OnLine
05/07/1999 | 12:00
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Torturas, estupros e chacinas em centenas de confrontos étnicos ou guerras civis. Fases obscuras da nossa História mostram que a Humanidade sempre teve do que se envergonhar. Mas o horror nao se restringe aos grandes eventos. Cenas repugnantes de abuso ao próximo acontecem à luz do dia, em silêncio, todos os dias. É o caso da pedofilia, que, nesse fim de século, usa a Internet para ecoar toda a sua insanidade. No entanto, é da própria Web que também surgem vozes de repúdio aos tantos sites de pornografia infantil.

O Kids Denúncia chama a atençao para a banalizaçao da pedofilia na rede e conclama o internauta para que nao fique passivo diante de tanta violência. Com uma página simples e bem segmentada, o usuário depara com casos como o de Suely Porfírio (em "Matérias"), que procura sua filha Vanessa desde 1994. Ela suspeita que sua filha tenha sido prostituída.

Na opçao "Denúncias", é possível delatar casos de pedofilia, que serao avaliadas pela assessoria jurídica do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, idealizadora do movimento. Se comprovadas, serao encaminhadas aos órgaos competentes: Ministério da Justiça e Ministério Públicos Estaduais e Federais. Fica a critério do denunciante manter-se no anonimato. Já em "Debates", você pode dar sua opiniao e dizer o que leva uma pessoa a abusar de uma criança. Estudos e teses sobre o assunto também sao aceitos e podem ser publicados na página.

O site Espaço SOS Criança traz uma breve explicaçao técnica do que é a pedofilia e sua origem. Outras maneiras de protestar contra esse tipo de pornografia sao apresentadas como, por exemplo, nao acessar esse tipo de sites e enviar um e-mail ao provedor e ao criador, cobrando uma atitude contra este tipo de exibiçao. Ainda há links para a seçao de crianças procuradas e para um serviço de orientaçao sexual.

A Abrapia (Associaçao Brasileira Multiprofissional de Proteçao à Infância e à Adolescência) é outra iniciativa contra qualquer tipo de violência que atinge crianças. Para isso, o grupo, que já tem dez anos, recebe denúncias de exploraçao sexual, espancamentos e trabalhos forçados. Além disso, ministra palestras, mantém um setor de documentaçao e mostra como é possível se verificar se a criança foi vítima de maus tratos. Dados estatísticos mostram a dimensao de um problema que arranca a inocência e condena essas pequenas vítimas a carregarem uma cicatriz para o resto de suas vidas.




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