O preço médio das motos novas apresentou, no primeiro bimestre, queda de 1,61% (1,25% só em fevereiro) de acordo com pesquisa feita pela Agência Autoinforme. No entanto, para o diretor executivo da Abraciclo, entidade que reúne as montadoras de motocicletas, Moacyr Alberto Paes, a redução é mais um efeito das negociações do que da concorrência das novas empresas que se instalaram no Brasil.
Por se tratar de uma pesquisa nova, que começou a ser feita apenas neste ano, o diretor da agência Autoinforme e coordenador da pesquisa, Joel Leite, não arriscou uma análise mais aprofundada sobre as razões que levaram à queda nos valores, embora haja aumento da demanda. “Acredito que isto ocorra por causa da grande oferta de motocicletas no mercado”, disse.
“Tomando como exemplo o que acontece com o setor de carros, qualquer sinal de concorrência significa redução de preços. Porém, como a pesquisa começou a ser feita agora, ainda não dá para compreender as razões”, completou Leite, explicando que a pesquisa se baseia no preço praticado no mercado e não na tabela.
SEM ‘EFEITO CHINA’Já o diretor da Abraciclo não acredita que a concorrência existente hoje – exercida por empresas asiáticas que estão se instalando no Brasil, algumas em parceria com empresas nacionais – seja a responsável pela redução de 1,61%, em média, nos preços das motocicletas. “Não acho que esteja havendo um ‘efeito China’ no mercado. Mais de 90% das motos são feitas pelas fabricantes tradicionais. As novas montadoras ainda não têm essa força toda”, comentou.
“Acredito que a redução motrada na pesquisa ocorra por conta de promoções. Os lojistas trabalham com uma margem para dar desconto aos clientes”, explicou.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.