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Consórcio rejeita rodízio na região

Colegiado diz que vai avaliar situação dia a dia e não descarta mudar de posição; em vigor na Capital, restrição trouxe bons resultados no primeiro dia

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
12/05/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC anunciou que, neste momento, não vai adotar o sistema de rodízio 24 horas e em dias alternados, como o que entrou em vigor, ontem, na Capital. A decisão foi divulgada depois de reunião virtual entre os sete prefeitos das cidades da região.

Havia a expectativa de que o colegiado seguisse a restrição imposta pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), na Capital. Desde ontem, carros passaram a ser monitorados 24 horas. Só é permitida a circulação de veículos com placa par (0, 2, 4, 6 e 8) em dias pares e os de placa ímpar (1, 3, 5, 7 e 9), em dias ímpares. A medida visa aumentar o isolamento. Ontem, a CET (Companhia de Engenharia de Trafego) registrou um quilômetro de congestionamento, contra 11 quilômetros medidos na outra segunda-feira, dia 4. Além disso, o secretário estadual de Transportes, Alexandre Baldy, disse que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o Metrô registraram aumento do número de passageiros entre 12% e 15%. Usuários, no entanto, relataram superlotação dos vagões, especialmente na Linha 10-Turquesa, que liga o Grande ABC à Capital.

Segundo Gabriel Maranhão (Cidadania), presidente do colegiado e prefeito de Rio Grande da Serra, a medida não foi pactuada porque os prefeitos avaliaram que iria trazer prejuízos aos funcionários dos serviços essenciais. “Nós já estamos trabalhando com a redução nos transportes públicos e, agora, se aceitássemos esse rodízio com os veículos, os transtornos com esses profissionais poderiam ser ainda maiores”, avalia.

Desde o fim de março, o Consórcio decidiu, junto ao governo estadual, que o transporte coletivo municipal funcionaria de segunda a sexta-feira com frota de 50% nos horários de pico – após as 17h – e de 30% nos demais períodos. Aos fins de semana e feriados, a frota é 30% nos horários de maior movimento e de 15% nos demais. Essa decisão, de acordo com o Consórcio, permanece em toda região.

Secretário executivo do colegiado, Edgard Brandão destaca que o movimento nos transportes coletivos na região ainda está dentro do esperado e que o Consórcio continuará monitorando caso este número apresente fluxo maior de pessoas. “Estamos fazendo controle deste movimento nas sete cidades e um controle intenso. Cada prefeitura está tomando as devidas providências, mas, principalmente, fiscalizando do uso das máscaras e álcool gel”, comenta.

NÃO É DEFINITIVO
Apesar de rechaçar momentaneamente o rodízio de veículos na região, Gabriel Maranhão explicou que o comportamento das pessoas do Grande ABC em meio à pandemia da Covid-19 está sendo analisado dia a dia. Ainda segundo o presidente do colegiado, a decisão das prefeituras é dinâmica e pode ser reavaliada, se necessário. Além do rodízio, outra possibilidade para manter as pessoas em casa é o lockdown (bloqueio total), que está sendo utilizado em diversas cidades do Brasil. “Vamos continuar nos baseando nas estatísticas da nossa região e cada ação será pensada com o objetivo de frear a evolução dessa pandemia”, finaliza Maranhão. 




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