Outras 90 crianças com suspeita de alto grau de desnutrição devem ainda ser convocadas para comparecer ao ambulatório. Além da divulgação nos postos de retiradas de leite e óleo, a convocação é feita por agentes comunitários e por pediatras das outras UBSs do município.
O trabalho começou nos bairros Ferrazópolis, Jardim da Represa e Riacho Grande, e será iniciado na Vila União, Jardim Laura, Jordanópolis e Jardim Silvina. A médica Jaqueline Zamboni, coordenadora do ambulatório, descartou a hipótese de que a localização do serviço – na região central, enquanto a grande maioria dos beneficiados mora na periferia – seja um empecilho.
“Apenas algumas mães alegaram tais dificuldades, mas há uma assistente-social na equipe que viabiliza a vinda dessas crianças ao ambulatório”, afirmou a médica.
Apenas um dos pacientes encaminhados não apresentou desnutrição. Susana Scarin, pediatra do Ambulatório, explicou que as causas da desnutrição das crianças atendidas vão desde a pouca oferta calórica ou de má qualidade, associada ou não à anemia e a síndromes genéticas. “Outros estão relacionados ao desmame precoce, ou ainda à não substituição da mamadeira por outros alimentos na medida em que a criança cresce.”
É o caso de Ana Maria Silva Santos, 3 anos, que pesou 10.450 kg – pelo menos 3 kg abaixo do normal –, e que até hoje mama. “Estou preocupada, porque faz tempo que ela não ganha peso”, disse a mãe, Simone Oliveira da Silva, 28 anos.
“Ele come pouco, e só gosta de bolachas”, afirmou Marli Cardoso, 38 anos, mãe de Jaison Pereira, 6 anos, um provável caso de desnutrição de origem genética.
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