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Exército e polícia aceleram treinamento para retirada de Gaza
Da AFP
26/07/2005 | 11:43
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Quase 5 mil soldados e policiais iniciaram nesta terça-feira um treinamento intensivo de duas semanas para a retirada da Faixa de Gaza, prevista para começar em meados de agosto.

Para tornar mais concretos os exercícios de simulação executados na presença do ministro da Defesa, Shaul Mofaz, e do chefe do Estado-Maior, general Dan Halutz, o exército construiu uma "colônia" na base militar de Tzeelim, ao sul de Israel.

"Os soldados e os policiais se prepararão de maneira operacional e também mental para enfrentar a oposição dos colonos da Faixa de Gaza que devem ser evacuados", disse uma fonte.

As tropas que participarão dos treinamentos serão enviadas às proximidades da Faixa de Gaza no dia 14 de agosto. A retirada deve começar três dias depois.

O general Ron Tal, comandante das forças terrestres, explicou que os exercícios também pretendem preparar as tropas de ordem para eventuais ataques palestinos durante a retirada.

Do lado palestino, um relatório internacional critica os serviços de segurança da Autoridade Palestina que devem impedir os ataques antiisraelenses dos grupos armados.

O texto foi redigido por autoridades da SAI (Iniciativa de Estimativa Estratégica), uma comissão internacional criada como parte do mandato confiado ao general americano William Ward para incentivar as reformas dos serviços de segurança palestinos destinados a reduzir seu número, de uma dezena na atualidade para três.

De acordo com o documento de 82 páginas, apesar dos esforços da Autoridade Palestina de Mahmud Abbas, muitos membros dessas forças de segurança são leais a múltiplos líderes e dão mostras de apatia. O documento destaca sobretudo a falta de coordenação e os constantes abusos de poder, o material desgastado e as divisões entre os serviços que operam na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

"O pertencer a clãs e famílias continua sendo muito importante e prejudica o funcionamento desses serviços", destaca o texto.

O chefe do escritório da SAI em Jerusalém, Jarat Chopra, afirmou que as capacidades limitadas das forças de segurança palestina implicam que Mahmud Abbas deve recorrer mais ao consentimento do que à coerção para manter a ordem.

Apoio - O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, inicia nesta terça-feira uma visita oficial a Paris, a primeira em quatro anos, para consolidar o apoio internacional a seu plano de evacuação.

O premiê espera iniciar uma nova etapa nas relações com a França, num momento em que surgem pontos de convergência entre os dois países, depois de anos de relações conflituosas.




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