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Juiz extingüe ação de Gaino para reaver imóvel
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
22/12/2007 | 07:02
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O processo do pedido do ex-diretor de Obras da Prefeitura de São Caetano José Gaino para reaver um apartamento no Guarujá (Litoral paulista) foi extinto por decisão do juiz Rodolfo Ferraz de Campos, da 6ª Vara Cível de São Caetano. No entanto, Gaino ainda pode recorrer.

A solicitação na Justiça para reconquistar o imóvel, que hoje pertence ao empresário Antônio José Cressoni, deu início às denuncias do empreiteiro, que acusa a Prefeitura de São Caetano de montar um suposto esquema de corrupção e fraudes em licitações de obras realizadas na cidade no período de 1997 a 2004 (gestões do prefeito Luiz Tortorello).

Na ação, a defesa argumenta que o apartamento teria sido doado por Gaino a Cressoni como forma de pagamento pela suposta contribuição do empreiteiro no ‘'Fundo de Reserva’ – criado a partir da devolução de 25% do valor das obras para o grupo que supostamente fraudava as concorrências. Segundo Cressoni, o ex-diretor da administração - que pediu afastamento do cargo depois das denúncias – era um dos beneficiados.

Gaino afirma, no processo, que foi uma venda normal, porém recebeu somente R$ 30 mil dos R$ 90 mil que teriam sido combinados.

Procurado pelo Diário, José Gaino disse desconhecer a decisão e pediu para que seu advogado fosse consultado. Entretanto, o ex-diretor afirmou não dispor do contato do profissional.

INQUÉRITO - A Delegacia Seccional de São Bernardo está investigando o Caso Cressoni. O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo procurador Luiz Roque Lombardo Barbosa – chefe do setor de crimes de prefeitos da Procuradoria Geral do Ministério Público do Estado – ao Tribunal de Justiça, que avalizou a solicitação. Cressoni prestou depoimento na delegacia anteontem e reiterou a denúncia do suposto esquema de corrupção e fraudes. O prefeito José Auricchio Júnior (PTB) também será ouvido no inquérito.



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