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Falta de EPIs tira o sono dos funcionários no Mário Covas

Relatos indicam pouca proteção no atendimento aos pacientes

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
29/04/2020 | 00:15
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Claudinei Plaza/DGABC


Desde que começou a pandemia por causa da Covid-19, algumas unidades de saúde sofrem com a falta de equipamentos para proteção dos funcionários. No Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, não é diferente. Conforme já noticiado pelo Diário no início do mês, profissionais do local apontaram a restrição para uso destes itens em atendimentos e que até hoje os transtornos persistem.

De acordo com relatos, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) ainda permanece com restrição e quando os profissionais recebem os itens – principalmente os enfermeiros –, a qualidade do material é imprópria, o que não se torna algo efetivo para atendimento dos pacientes.

Funcionários contam que somente os profissionais em contato direto com pacientes testados positivos à Covid-19 recebem os materiais reforçados.
“Os atendimentos em pacientes suspeitos ou assintomáticos estão sendo feitos sem os devidos EPIs. O avental não é impermeável e as máscaras são as descartáveis e bem finas”, comenta um funcionário que prefere não se identificar.

Ainda segundo depoimentos, o hospital isolou corredores, alas e um elevador para pacientes adultos com suspeita da Covid-19, ou que já testaram positivo para a doença. Porém, na pediatria funcionários relatam que já aconteceu de pacientes com a suspeita da doença ficarem no mesmo espaço que crianças e funcionários.
“Essa falta de cuidado expõe nós, funcionários, que já não estamos aptos com os equipamentos de proteção e as demais crianças que, em muitos casos, já apresentam a imunidade baixa por tratamento a diversas doenças”, comenta outra profissional que também não se identificou. Enfermeiros e demais funcionários da unidade destacam a importância de se criar ala específica para crianças que estejam com a suspeita do novo coronavírus.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que o hospital possui estoque dos equipamentos na unidade e que os itens são abastecidos mensalmente. A unidade destaca que segue os protocolos técnicos.

Em relação ao atendimento à pandemia, o Estado informou que possui três UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinadas a tratamento de pessoas com sintomas. “A clínica pediátrica não é destinada a casos do (novo) coronavírus e o setor segue todos os protocolos específicos para atendimento pediátrico.” 




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