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Conferência sobre biotecnologia causa manifestações na Inglaterra
Das Agências
10/07/2001 | 10:47
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Partidários e adversários dos organismos geneticamente modificados (OGM) se enfrentaram pacificamente durante a inauguração de uma conferência internacional sobre biotecnologia moderna, nesta terça-feira, em Bangcoc, na Inglaterra.

Em seu discurso inaugural, o vice-ministro britânico, John Prescott, defendeu o uso da biotecnologia, atacando os métodos violentos de certos adversários dos OGM.

"A biotecnologia tem a potencialidade de conceder benefícios formidáveis e acho que todo o mundo está de acordo com isso", alegou.

Não é a opinião do Greenpeace International, que, segundo um de seus porta-vozes, Jan van Aken, estimou que os argumentos em favor dos OGM se fundavam em "princípios científicos duvidosos".

A conferência internacional de Bangcoc, que dura até a próxima quinta-feira, é patrocinada pelo Reino Unido e a OCDE e organizada em cooperaçã com a ONU (FAO, OMS e PNUE) e o governo tailandês.

Segundo os organizadores, esta conferência é "destinada a fazer avançar o debate internacional sobre as biotecnologias modernas". Mas várias associações ecológicas decidram boicotá-la.

A seção do Greenpeace para a Ásia sul-oriental, a associação local Bio Thai e outros grupos de defesa do meio ambiente declinaram o convite de participar, considerando que a conferência servia "aos interesses das multinacionais", como a Monsanto.

Em sinal de protesto, cerca de 30 manifestantes esvaziaram latas de lixo cheio de mamões, tomas e milho geneticamente modificados junto às grades do prédio da ONU em Bangcoc.

Em revanche, os organizadores da conferência receberam o apoio de um dos especialistas mais renomados do Instituto internacional de Pesquisas sobre o arroz (IRRI), com sede em Manila, para o qual a biotecnologia é indispensável para salvar o Terceiro Mundo de fome e má nutrição.




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