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Esporte e cultura: igual vida!
Do Diário do Grande ABC
23/04/2020 | 23:59
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O mundo não estava preparado para essa grave situação que vivemos. Fato, independentemente se há melhores ou piores medidas aqui e ali. O certo é que nesse assunto ninguém sabe nada e todos (ou quase todos) estão tentando aprender. O isolamento físico tem sido a forma mais plausível para evitar maior disseminação da doença, o que é comprovado por países que tardaram a adotar tal medida e pagaram, e ainda pagam, com a vida dos cidadãos.

O isolamento físico causa série de transtornos, inclusive para a saúde física e mental. E para ‘espanto’ de alguns, o esporte e a cultura têm colaborado para mitigar a ansiedade, nervosismo e outras situações psicossomáticas. Mas é muito triste ver que não se dá a devida importância à vida das pessoas e sim à economia, demonstrando que a vida humana foi transformada em objeto e valorada em termos monetários, desprezando-se a importância desses vetores.

Observam-se boas ações de artistas e pessoas que, mesmo confinadas, têm se exercitado de alguma forma, assim, o esporte e a cultura têm sido válvulas de escape, minorando algumas situações. Isso faz valer a máxima ‘mente sã, corpo são’, oriunda da Sátira X do poeta romano Juvenal, que expressa o que os seres humanos deveriam desejar. Assim, bom momento para refletir e praticar.

Como professor de educação física e gestor de esportes, lamento a postura do governo federal, que não tem dado prioridade e não as incluiu em programa de medidas emergenciais. Aliás, nem programa emergencial havia, uma vez que o ‘legal’ líder máximo da Nação ainda se debate com governadores e prefeitos, uma vez que serve a interesses puramente econômicos.

Abrindo parênteses, nesse momento o profissional de educação física sofre ataque sério, perigoso e absurdo, que é a desregulamentação da profissão. Há em curso no STF (Supremo Tribunal Federal) a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 3.428 contestando a legitimidade da lei 9.696/1998 proposta pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente FHC.

Ora, se parlamentos do País, em todas as esferas, não podem propor leis, quem o fará? Simples pano de fundo para encobrir real motivo à desobrigação da necessidade do diploma universitário para exercício da profissão, o que já ocorreu recentemente com o jornalismo. Vamos cair na questão econômica, que interessa a grandes grupos de academias, escolas particulares e outros afins. É possível desenvolver programa para práticas esportivas nas residências enquanto durar a pandemia. Essa medida, por experiência profissional, irá colaborar na melhora da qualidade de vida neste momento de triste pesar. É possível que sirva para que governos comecem a pensar a importância do esporte e da cultura.

José Luis Ferrarezi é professor de educação física e vereador do PT em São Bernardo.

PALAVRA DO LEITOR

Policiais
Parabéns a todos os policiais da cidade de Santo André, pelo empenho em ajudar a todos moradores, pela missão difícil de combater a criminalidade. São pessoas comuns, que têm famílias e lutam para que cada um tenha direito de ter segurança. Meu muito obrigado a todos, em especial ao capitão Fernando e ao capitão Maroti, do 10º Batalhão, da 4ª Companhia, por atender à população dos bairros sempre cordialmente. Deus abençoe grandemente todos vocês.
Reginaldo Amaral
Santo André

Empregos
Sobre a retomada das vagas de emprego, gostaria de dar minha sugestão para departamento de aprovação de obras de Santo André, para geração de empregos na área de construção civil: voltar a aprovação de construção de apartamentos sem condomínio com cinco metros de frente, pois o mesmo foi cancelado em 2018, sendo que temos em Santo André vários terrenos com meio lote, que poderiam gerar muitos empregos, sendo que com a lei nova não se pode construir.
Cláudio A. S. De Moraes
Santo André

Genocida
‘Gripezinha’, ou a tal da ‘histeria criada pela imprensa’, como definida por Jair Bolsonaro, esta pandemia do novo coronavírus se alastra de forma pavorosa no País! E em 24 horas, ontem, tivemos recorde de 407 mortes, e mais 3.735 pessoas infectadas no mesmo período, e, infelizmente, acumulamos 3.313 mortes, e 49.493 infectados em todo o Brasil. Ora, se o nefasto Bolsonaro vem pregando diariamente pelo fim do isolamento físico, com esse assustador índice de óbitos justo seria julgá-lo como genocida!
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Flexibilização
Em resposta ao prefeito de Diadema, Lauro Michels, em reportagem neste prestigioso Diário, sob o título ‘Doria anuncia hoje flexibilização’ (Política, dia 22), digo, cautela, prefeito! Podemos tomar decisões precipitadas se acelerarmos na crise e anteciparmos o isolamento físico. O presidente Bolsonaro diz que não é coveiro! Eu, tu, nós, o prefeito de Diadema, pensamos o mesmo? O nosso alcaide Lauro Michels, alegando pressão de setores da nossa sociedade, quer relaxar o isolamento físico. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que ainda não chegamos ao pico de contaminação por coronavírus. Se anteciparmos a quebra do confinamento podemos chegar ao colapso dos sistemas de saúde público e privado. Prefeito Lauro, a saúde pública de Diadema está preparada para o colapso? Como está a curva de contágio em nossa cidade? Temos UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), respiradores e ventiladores? Hospital de campanha? Vacinação em massa? Temos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e outros equipamentos de prevenção, para nossos médicos, enfermeiros, técnicos e ... coveiros?
Filipe dos Anjos Marques
Diadema

Cracolândia
O governador João Doria repete que não irá fazer nada em relação à volta das atividades econômicas sem o suporte da ciência e dos médicos do seu grupo de estudo. Diz que nada será feito atabalhoadamente e, claro, critica sempre o governo federal, porque deve achar que isso lhe dá ibope e espaço na Globo. Mas sendo tão seguidor da ciência e das coisas certas, nunca o vejo falar da Cracolândia, que prometeu, quando prefeito, acabar com essa vergonha nacional, mas que, pior ainda, pode se transformar em epicentro da pandemia, com o coronavírus sendo espalhado pela região e, por tabela, à cidade.
Marieta Barugo
Capital

Covid-19 e eleição
Ano 2020. A Covid-19 ataca o mundo, com velocidade avassaladora. A alta letalidade coloca em alerta a OMS (Organização Mundial da Saúde) e todas as potências mundiais. O mundo para! No Brasil, o governo, que não conseguiu passar um dia sem estar nas principais manchetes mundiais pelas suas atrocidades, compara a Covid-19 a uma ‘gripezinha’. Sem comandante, o barco fica à deriva e mostra toda a fragilidade dos seus novos governantes, eleitos com discurso de ‘antipolíticos’ e ‘gestores’ eficientes e transparentes. Esses grandes ‘gestores’ descobriram com a pandemia que gestão pública não é gerir lucros e capitais, é muito maior e mais complexo. A gestão pública trata-se de vidas, vulnerabilidades, saúde, sistemas, diretrizes de planos nas áreas sociais, desenvolvimento, educação, habitação e todo um universo de especificidades, de políticas públicas propostas para cuidar de gente. Literalmente a casa caiu.
Márcia Garcia
Santo André 




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