Fica cada vez mais intensa a movimentação política em São Bernardo, a um ano e dois meses do início da campanha eleitoral municipal, principalmente por ações do grupo governista, liderado pelo prefeito Luiz Marinho (PT). Reuniões, articulações, jogadas e boatos temperam o molho que envolve o pleito. Nesta semana, as ações ficaram marcadas por informações de bastidores, que foram desmentidas.

Uma delas dava conta de que o ex-deputado federal Edinho Montemor deixaria o PPS para assumir o comando do PDT. Mas, o popular-socialista negou veementemente a troca. "Nunca ninguém me falou nada sobre isso. Se não falou, é porque não existe."

Candidato a vice-prefeito em 2008 na chapa encabeça pelo deputado estadual Orlando Morando (PSDB), Edinho mira, agora, o Legislativo. Pelo PPS, enfatiza. "Tenho conversado com bastante gente que me incentiva a ser candidato a vereador. É um projeto que está na minha agenda. E o PPS é um partido bem montado, organizado pelo Otávio (Manente, vereador que morreu quarta-feira) e pelo Alex (Manente, deputado estadual e coordenador da legenda na região)."

Sobre os boatos que surgem neste momento, Edinho considera "natural". "É prematuro, precipitado. Estamos a muito tempo da eleição. Não deveria ser assim, mas acontece. E também é preciso esperar a definição sobre as novas regras que virão com a reforma política", analisou.

O empresário e presidente do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, também desmentiu a possibilidade de ir para o PMDB e, mais do que isso, assumir o comando municipal da sigla - as tratativas teriam sido deliberadas entre Marinho e o presidente estadual do PMDB, Baleia Rossi.

"Nunca recebi convite do PMDB nem estou aberto para isso. Não tenho qualquer interesse de disputar cargo ou me filiar a partido. São boatos sem qualquer fundamento", afirmou Luiz Fernando, que é irmão do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

Na mesma esteira, também circularam informações de que o PSC teria saído das mãos de Ansellmo Vendramel para ser liderado por Daniel Cássio, ligado ao secretário de Gabinete, Maurício Soares. Os envolvidos na troca não foram localizados para comentar o assunto.