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Ribeirão Pires se rende à animação das mocreias
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/02/2010 | 07:21
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Denis Maciel/DGABC


Enfermeiras, policiais, bailarinas, diabinhas, anjinhas, personagens de desenho animado. Quem passou ontem pelo Bloco das Mocréias, em Ribeirão Pires, viu homens vestidos com estas e outras fantasias. Idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças capricharam no figurino e saíram às ruas no tradicional desfile, com direito a muita espuminha, confete e serpentina. A concentração começou às 10h, na antiga rodoviária e saiu às 15h, percorrendo todo o Centro.

Sob um calor de mais de 30ºC e ao grito de "Ah, eu sou mocreia", os foliões caíram no samba ao som da bateria da União da Vila, de Diadema, e da banda Sassarico, que relembrou marchinhas de Carnaval. "Resgatamos os bailes tradicionais com músicas muito antigas, como Hino do Zé Pereira, de 1869", disse o maestro Valmir Dantas.

Essa alegria atraiu gente de vários lugares e idades. "Aqui não tem preconceito de nenhum tipo. O maior objetivo é a felicidade", enfatizou Daia, 67 anos, um dos fundadores e organizadores do bloco, que foi criado no fim da década de 1970. Outra figura já conhecida é Curuçá, 70, que mais uma vez escolheu a vidente Mãe Dináh para homenagear. "Eu não vivo sem isso aqui", declarou.

NÃO FALTA CRIATIVIDADE
Os amigos Renan Franco, 26, Rafael Moia, 25, e Gustavo Silva, 26, apareceram vestidos de Garotas Superpoderosas, personagens de desenho animado. "Não estou aguentando usar meia-calça. Agora percebi como mulher sofre", confessou Renan, que teve a ajuda da namorada para elaborar o figurino.

Juliana Rodrigues, 31, também ajudou o marido a montar o visual. "Ela pegou minhas roupas e acessórios. Até unha postiça está usando. Estou achando muito legal e engraçado." O presidente do bloco, Mario Malerba, 37, surpreendeu com o figurino de Margie Simpson. "Todo ano penso em alguma coisa diferente."

A diversão contagia não só os homens vestidos de mulher, como quem vem acompanhar o bloco. "Eu acho uma energia ótima. Venho sempre", afirmou Cláudia Teisseire, 41.




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