As vendas de veículos zero-quilômetro ganharam impulso em novembro, depois de patinarem em outubro. Com o total de 328.418 unidades (de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) vendidas - o que representou crescimento de 8,36% frente ao mês anterior - a indústria automotiva avança para atingir as 3,4 milhões projetadas pelo segmento para o ano todo.
Os dados do mês foram divulgados ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com base nos números de emplacamentos do cadastro do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).
A expansão do volume comercializado não surpreendeu, na avaliação do presidente do Sincodiv-SP (Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos no Estado de São Paulo), Octavio Vallejo. "Esse é um momento de vendas, mas não de lucratividade. Há muitos feirões", afirma.
Apesar da observação, o dirigente cita que a queda do desemprego e o crédito abundante colaboram para que o mercado nacional feche o ano 8% acima dos números do setor em 2009. No mês, houve crescimento de 30% na comercialização frente a novembro do ano passado e, no acumulado dos 11 primeiros meses de 2010, o total negociado (3,133 milhões) é 10% maior que no mesmo período anterior. Vallejo acrescenta que modelos com preços mais baixos estão em ritmo mais forte, o que refletiria o aumento do poder aquisitivo das faixas de renda C e D no País.
MARCAS - No mês passado, a Volkswagen liderou, na categoria de automóveis, com 23,39% de participação, seguida da Fiat, com 22,76%, e da General Motors (21,18%). Isso embora no acumulado do ano, a Fiat ainda mantenha a primeira posição, com 23,17% das vendas. Na área de comerciais leves, a fabricante italiana ficou na frente tanto em novembro quanto nos 11 meses de 2010.
A gerente de uma concessionária VW em São Bernardo, Ednéia Vedovato, concorda com o presidente do Sincodiv-SP que os feirões de fábrica ajudaram. Ela cita ainda que a montadora antecipou a produção, permitindo a entrega de produtos mais rápida aos clientes.
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