Política Titulo Rio Grande
Permanência no PT foi ‘ato divino’, alega Ramon

Velasquez cogitou deixar legenda após ser preterido na disputa eleitoral da cidade

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
04/04/2020 | 00:59
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André Henriques/DGABC


Recém-alçado ao posto de pré-candidato ao Paço de Rio Grande da Serra após quase deixar as fileiras do PT, ex-prefeito Ramon Velasquez afirmou que permaneceu no partido depois de orar e entender que “Deus intercedeu” em sua decisão.

Em um primeiro momento, Velasquez foi preterido do projeto majoritário petista da cidade, que escolheu, na ocasião, o ex-dirigente local Erick de Paula como prefeiturável de Rio Grande. O cenário mudou, principalmente após o desligamento do vereador Benedito Araújo, e houve a troca de nome dos correligionários. Quando colocado de lado no processo, o ex-prefeito chegou a cogitar saída da sigla, iniciando conversa com o PCdoB.

“(Fiquei na sigla) Porque sou muito ideológico, mas também, como sou muito religioso, acabei ouvindo Deus, que intercedeu para que eu ficasse no partido. Amo meus companheiros de legenda. Amo a boa luta que o PT sempre teve na região. O PT é uma grande bandeira partidária”, defendeu Velasquez.

No período de janela partidária, Benedito Araújo, quadro histórico do petismo local, abandonou a legenda para migrar ao PSB. Dentro desta nova perspectiva interna, Velasquez e Erick analisaram, entre as medidas, alteração no quadro, pois o PT fica sem representação na Câmara – o parlamentar Marcelo Cabeleireiro (ex-PT, atual Cidadania) também deixou a sigla.

Na visão do ex-prefeito, Benedito traiu o PT e “chantageou” o partido exigindo posições estratégicas “que diminuiriam o partido e a campanha do PT na cidade”. “Benedito exigiu que eu não saísse como pré-candidato a prefeito de Rio Grande. Por isso, acabaram escolhendo Erick em um primeiro momento. Porém, Benedito não manteve a palavra e traiu o PT. Ele acabou cavando a própria sepultura política”, disparou o ex-prefeito, que comandou a cidade entre 1999 e 2004.

Sobre a disputa eleitoral de outubro, Velasquez é categórico, e a expectativa do ex-prefeito é que o PT tem apenas um “grande” obstáculo no pleito, que seria o tempo de se fazer campanha. “Devido à pandemia do novo coronavírus, estamos todos em casa e não sei até quando vamos ficar. Na verdade, ainda nem sei se podermos dizer que haverá eleição este ano”, pontuou. 




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