O crescimento dos casos de coronavírus – já são cinco pessoas contaminadas no Grande ABC – acende o sinal de alerta e faz com que as pessoas busquem alternativas para poder enfrentar a pandemia. Muitos seguem as recomendações dos profissionais de saúde, adotam as medidas de precaução e procuram dar andamento às suas vidas. Outros se mostram mais afoitos e, mesmo com intuito de autoproteção ou de proporcionar bem-estar às suas famílias, acabam exagerando e causando problemas desnecessários.

Um exemplo é a compra desenfreada de produtos de higiene, como o álcool gel, e de alimentos para estoque. Essa atitude promove o desabastecimento, causa elevação de preços e, em último caso, gera embaraços a outros indivíduos, que também precisariam dos produtos, mas que ficarão sem acesso.

O momento já é deveras complicado. A sociedade não precisa de mais um embaraço. É necessário ter bom senso, comprar o necessário e evitar fazer estoques. Ontem, nas cidades do Grande ABC, já era possível ver prateleiras vazias em supermercados. A associação que reúne os estabelecimentos constatou, entre sexta-feira e domingo, elevação de 8,5% no número de consumidores na comparação com o terceiro fim de semana de fevereiro. Com maior concentração em bairros com moradores das classes A e B.

Essa busca desenfreada só serve para agravar ainda mais a situação. Ontem, o dólar superou pela primeira vez a marca dos R$ 5 e a bolsa de valores fechou em queda de 13,92%. A moeda norte-americana regula o preço das matérias-primas necessárias à produção de itens essenciais, como pão e bebidas, entre outros. Logo, a subida vai impactar diretamente no valor cobrado dos consumidores.

O coronavírus é uma realidade. Tomar cuidado para não ser infectado nem repassar a outras pessoas são de suma importância. Cada um precisa fazer a sua parte e, principalmente, colaborar com os semelhantes.