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União é criticada por liberar só 1% do Rodoanel
Por Eduardo Merli e Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
21/02/2004 | 20:25
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o secretário de Transportes do Estado, Dario Rais Lopes, e todos os sete prefeitos do Grande ABC criticaram o governo federal por ter reservado apenas R$ 17,7 milhões do Orçamento da União de 2004 para o início das obras do trecho Sul do Rodoanel. A obra é considerada de extrema importância para a retomada da economia da região, que tem na logística um de seus principais gargalos.

O trecho Sul passará pelo Grande ABC e é um dos mais caros do circuito viário fechado paulista que ligará as rodovias de acesso à Região Metropolitana. A obra está orçada em R$ 1,9 bilhão. O repasse previsto no Orçamento da União é menos de 1% do custo total. É também muito inferior aos R$ 100 milhões solicitados pela bancada dos deputados federais de São Paulo junto ao Orçamento por meio de emendas.

O governador Geraldo Alckmin disse que as verbas previstas pela União o preocupam, pois o governo Lula já deixou de pagar R$ 25 milhões da obra feita na asa Oeste do Rodoanel. “Isso está empenhado na verba de 2002, mas está em restos a pagar. Havia um compromisso de pagar em três parcelas: dezembro, janeiro e fevereiro. Mas nenhuma das três parcelas foi paga até agora”, disse. “Fico mais preocupado ainda porque o trecho Sul do Rodoanel é uma obra cara.”

Alckmin disse que no governo Fernando Henrique Cardoso foram liberados, em quatro anos, R$ 368 milhões para o Rodoanel. “Eu contei aqui, na Câmara Regional do ABC, que o presidente Fernando Henrique Cardoso em quatro anos liberou R$ 368 milhões ao Rodoanel, o que dá uma média de quase R$ 90 milhões por ano, sendo que em um dos anos ele liberou R$ 130 milhões. Em 2004, há R$ 17,7 milhões previstos no Orçamento da União para o trecho Sul, que é pouco e precisa ser liberado.”

Para o governador, o Rodoanel é uma obra para o país e o governo federal não pode deixá-la para segundo plano no cenário nacional. “Um caminhão que sai de Porto Alegre para ir para Recife hoje passa por dentro de São Paulo (capital). Para você tirar esse tráfego pesado da Região Metropolitana e ter o escoamento da produção há a necessidade desta obra.”

O governador disse que a redução de verbas não prejudicará o início das obras, caso o governo pague os R$ 25 milhões da asa Oeste e realmente repasse os R$ 17,7 milhões previstos este ano para o trecho Sul integralmente. “Essa verba (R$ 17,7 milhões) não é suficiente, mas ao menos dá pra começar. A nossa idéia é começar por Mauá, no trecho até as rodovias Anchieta e Imigrantes; depois, em um segundo momento, fazer até a rodovia Régis Bittencourt”, afirmou Alckmin.




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