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EUA registram o 13º caso de contaminação pelo antraz
Do Diário OnLine
Com Agências
16/10/2001 | 01:25
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Três episódios ocorridos nesta segunda-feira aumentam definitivamente o medo de um ataque bioterrorista com antraz nos Estados Unidos. A presença da bactéria foi comprovada em uma carta enviada ao senador Tom Daschle, em Washington, e em uma agência dos Correios em Boca Raton, na Flórida. Foi confirmado ainda o 13º caso de contaminação pela bactéria. Trata-se de um bebê de sete meses, filho de um funcionário da rede de TV ABC em Nova York. O garoto foi atingido pela forma cutânea de contaminação, a menos nociva. Ele reage bem ao tratamento e apresenta um quadro 'excelente'.

O bebê visitou a sede da emissora em 28 de setembro. "Nós não sabemos com certeza se a contaminação ocorreu na ABCNews, mas trabalhamos com essa hipótese", disse o presidente da ABC, David Westin. Segundo ele, não há evidências de contaminação em outros funcionários da ABC.

Westin informou que o prédio da ABC será examinado nos próximos dias para verificar se há esporos da bactéria nos locais visitados pela criança. O presidente da emissora disse que os investigadores vão determinar se será necessária a realização de exames médicos ou tratamento preliminar nos funcionários.

É o terceiro caso confirmado de antraz envolvendo uma empresa de comunicação dos Estados Unidos. Os três primeiros foram em Boca Raton, na Flórida, na editora de tablóides American Media INC. O editor de fotografia da empresa, Robert Stevens, contraiu a forma pulmonar do mal causado pelo antraz e morreu em 5 de outubro. Ernesto Blanco, 73 anos, que trabalhava no setor de correspondências da editora, também contraiu a forma pulmonar da doença. Ele está internado em um hospital do sul da Flórida e é sendo tratado com sucesso, segundo o Departamento de Saúde do Estado.

Blanco foi internado no começo do mês com sintomas de pneumonia. As autoridades de saúde acreditaram, a princípio, que ele havia entrado em contato com a bactéria sem desenvolver a doença. Stephanie Dailey, que também trabalhava na American Media, foi exposta à bactéria mas não houve contaminação.

Os dois outros casos envolvendo grandes empresas de comunicação são da forma mais amena de contaminação. Ambos ocorreram em Nova York. Além do bebê, filho de um produtor free-lancer de noticiários da ABC, Erin O’Connor, uma assistente do âncora da NBC Tom Brokaw manuseou uma correspondência que continha um pó branco e acabou com a contaminação cutânea.

Além das quatro pessoas doentes, outras nove foram contaminadas pelo antraz nos Estados Unidos – sem desenvolver a doença até agora. São três em Nova York (um policial e dois funcionários de um laboratório) e seis na Flórida.

O chefe da polícia de Nova York, Bernard Kerik, anunciou nesta segunda-feira que outras grandes empresas de comunicação da cidade serão examinadas à procura de esporos do antraz. Serão revistados os prédios da CNN, Fox News, CBS, New York Post e Associated Press.

Kerik reclamou do excesso de informações falsas que as autoridades de Nova York vêm recebendo sobre ataques envolvendo antraz.

Cartas marcadas - Duas correspondências que continham esporos do antraz foram postadas na mesma data e no mesmo local. As cartas contaminadas que foram enviadas para Brokaw na NBC e para o senador Daschle em Washington foram despachadas em 18 de setembro pela agência dos Correios em Trenton, Nova Jersey.




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