Criado em 2001, o grupo é formado por 15 adolescentes, dos quais 11 sobem ao palco sábado. “Desenvolvemos um trabalho com atividades intensas, com aulas inclusive aos sábados. O processo enfoca o estímulo à criação, ao desenvolvimento de bailarinos-criadores. Entendemos a dança contemporânea como o corpo e suas infinitas possibilidades de ações e sensações”, afirma Solange.
A coreografia Báááh!, de Christiane Araújo, trabalha com o repertório do balé clássico. “Báááh! utiliza os códigos do clássico de outro jeito, observa a técnica por outro ângulo. Na verdade, é uma grande brincadeira”, diz Solange. Homem Bicho, também de Christiane, faz uma ponte entre a dança de salão e a contemporânea.
Criação coletiva do grupo, Ariel e Caliban se inspira na poesia de A Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo. Ariel e Caliban são personagens de A Tempestade, de William Shakespeare. Um simboliza a liberdade e o outro, o cativeiro. “São as duas faces do homem num ser só”, afirma Rose Silva, integrante da companhia. Por Razón de que?, de Bárbara Machado, é fruto de uma pesquisa sobre a Idade Média e discute religiosidade e submissão.
As coreografias Eleguá Game e Odara, de Yáskara Manzini, estão colocadas num contexto único, o da dança afro-brasileira. “Não se trata apenas da questão corporal, mas de uma investigação sobre o sentido de uma cultura tão presente no que fazemos, mas que temos dificuldade em reconhecer”, diz Solange.
Fragmentos – Dança. Com o Grupo Experimental de Ribeirão Pires. Direção geral e artística de Solange Borelli. Sábado, às 20h. No Teatro Clara Nunes – r. Graciosa, 300, Diadema. Tel.: 4043-4983. Entrada franca.
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