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Muçulmanos indonésios voltam a protestar contra os EUA
Das Agências
10/10/2001 | 09:50
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Pelo menos mil pessoas protestaram contra os Estados Unidos diante do parlamento de Jacarta, na Indonésia, nesta quarta-feira, na maior manifestação antiamericana realizada na capital do maior país muçulmano do mundo, desde o começo ds ataques contra o Afeganistão.

A presidenta Megawati Sukarnoputri, que manteve silêncio desde o começo dos ataques anglo-americanos contra o Afeganistão, se vê diante de uma crescente pressão política.

O parlamento convocou o ministro de Relações Exteriores, Hassan Wirayuda, para que explique, na próxima sexta-feira, a posição do Governo em relação aos Estados Unidos, considerada muito conciliadora.

Pelo menos mil pessoas, entre elas numerosas mulheres com seus véus, se concentraram ante o prédio do parlamento.

Os manifestantes desfilaram pelas ruas de Jacarta e em pelo menos outras duas cidades, no terceiro dia de manifestações contra os ataques dos Estados Unidos no Afeganistão.

Em Jacarta, cerca de 300 estudantes se reuniram ante a embaixada norte-americana, fortemente protegida pela polícia de choque, gritando palavras de ordem como "Jihad" (guerra santa) e "Alá Akbar" (Deus é supremo).

Os estudantes, que exigem o rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, se dirigiram até a sede do parlamento, tentando forçar as grades do local, sendo dispersados pela polícia, que utilizou gás lacrimogêneo.

Em jogyacarta (centro da ilha de Java), uns 500 estudantes se manifestaram e colocaram um "lacre" simbólico em uma lanchonete McDonald e em uma pizzaria Hut.

Em Medan (ilha de Sumatra), cerca de 100 estudantes também se manifestaram.

Um grupo radical, a Frente dos Defensores do Islã (FDI), ameaçou atacar a embaixada e outrs edifícios dos EUA e "expulsar" do país os norte-americanos e os cidadãos dos países aliados, se Jacarta não romper relações com Washington até esta quinta-feira.




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