Política Titulo Igualdade
Mulheres gerem menos de um quinto

Receitas de secretarias comandadas por elas representam 16,1% do orçamento da região

Júnior Carvalho e Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/03/2020 | 23:13
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As mulheres controlam menos de um quinto dos recursos públicos nas cidades do Grande ABC. É o que revela levantamento feito pelo Diário. Somadas, as receitas das secretarias comandadas por elas atingem só 16,1% do orçamento total da região. Atualmente, são 30 mulheres ocupando cargos de primeiro escalão nos governos das sete cidades. Juntas, as pastas totalizam R$ 2,2 bilhões, valor bem distante dos R$ 13,9 bilhões previstos de arrecadação na esfera regional para este ano e estimados nas peças orçamentárias.

Em valores gerais, comparando com as demais cidades, o maior volume de recursos administrados por mulheres está no governo do prefeito Orlando Morando (PSDB), onde R$ 960,2 milhões (16,6% do total da receita previsa na cidade) foi reservado para as secretarias de Educação (chefiada por Silvia Donnini); Comunicação (Thais Santiago); e Governo (Júlia Benício). Em seguida vem Santo André, governada por Paulo Serra (PSDB), que disponibilizou R$ 643,3 milhões para os setores comandados por elas: Ana Paula Cebrian Leite (Chefia de Gabinete); Luciana Patara (Comunicação); Simone Zárate (Cultura); Dinah Zekcer (Educação); e Pessoa com Deficiência (Silvia Grecco). Proporcionalmente, este montante é maior: 19,74% do orçamento total do município.

Em São Caetano, o governo José Auricchio Júnior (PSDB) destinou 23% da receita geral para as secretarias geridas pelas mulheres: R$ 384,6 milhões, ante R$ 1,6 bilhão de orçamento.

A administração do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), é a que mais tem figuras do sexo feminino no comando de secretarias no Grande ABC, com sete nomes no alto escalão do Paço: Elza dos Anjos (Assistência Social); Liz Ita Dotta (Assuntos Jurídicos); Flávia Regina (Educação); Antônia Constâncio (Finanças); Rosângela Vieira (Governo); Wanessa Isidio (Meio Ambiente); e Professora Elzinha (Inclusão Social).

No que se refere a setores essenciais da administração, como educação e saúde, pelo menos três mulheres comandam essas áreas no governo do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania): Rosi de Marco (Educação); Raquel dos Santos (Saúde); e Sandra Malvese (Obras e Planejamento). O quadro de secretárias na cidade é completado por Natália Pereira da Silva (Comunicação) e Cláudia Paranhos (Meio Ambiente).

PARTIDO DELAS
No campo partidário, as mulheres também perdem espaço para os homens. Criado em 2015 com o intuito de reduzir as desigualdades entre homens e mulheres, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) não possui uma mulher sequer no comando dos diretórios legalmente ativos do partido na região. As executivas da legenda em Santo André, Diadema, Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra são presididas por homens, sendo que em dois desses diretórios há mulher na vice-presidência. Os únicos três diretórios do Grande ABC que contam com presidente do sexo feminino (São Bernardo, São Caetano e Mauá) encontram-se inativos pela Justiça Eleitoral. 




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