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Nem mesmo balanços e medida do Banco Central impedem queda do Ibovespa
20/02/2020 | 11:25
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Hugo Arce / Fotos Públicas


Apesar de alguns indícios internos positivos, como resultados corporativos considerados favoráveis, o Ibovespa abriu em queda. Às 11h05, cedia 0,44%, aos 116.001,31 pontos, acompanhando a queda externa.

No exterior, os índices futuros de Nova York cedem perto da estabilidade, após os recordes da véspera, como na Europa. A despeito dos mercados acionários operarem quase estáveis, os investidores continuam preocupados com o coronavírus.

A China relatou queda drástica no número de novos casos de vírus, mas em razão de uma nova mudança na metodologia de contagem. Já o Japão anunciou mais duas mortes pela doença e a Coreia do Sul registrou seu primeiro óbito, segundo uma agência de notícias local.

Para abrandar o impacto econômico do coronavírus, o banco central chinês (PBoC) reduziu hoje suas taxas de juros de referência para empréstimos de 1 ano e 5 anos.

No começo da semana, já havia cortado o juro da linha de crédito de médio prazo e feito novas injeções de liquidez no sistema bancário. O minério de ferro reagiu em forte alta, de 2,23%, no porto chinês de Qingdao, o que seria mais um fator de elevação na B3.

"O exterior pode dominar, mas está operando perto da estabilidade. Além disso, tivemos vários resultados bons de empresas, especialmente Marfrig, com números bons da América do Sul e também dos Estados Unidos", analisa Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante Ideias de Investimentos.

Dentre os motivos listados estão os resultados considerados bons da Petrobras, Marfrig e Drogasil, além da expectativa pelos números da Vale, que serão informados após o fechamento dos negócios. Além disso, o Banco Central (BC) reduziu a alíquota de compulsório, o que pode estimular a economia.

Depois de terem antecipado a divulgação do balanço, informado depois do fechamento do balanço, as ações da Petrobras cedem hoje. A empresa apresentou lucro líquido aos acionistas de R$ 8,153 bilhões no quarto trimestre, expansão de 287,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No ano, o lucro líquido chegou a R$ 40,137 bilhões, o maior da história da empresa.

Já o lucro da Marfrig foi de R$ 27 milhões no quarto trimestre, após prejuízo líquido de R$ 1,257 bilhão em igual período de 2018. No acumulado do ano, o lucro líquido caiu para R$ 218 milhões. A Raia Drogasil(RD), por sua vez, registrou lucro líquido de R$ 143,275 milhões no período, crescimento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2018.

Sobre a decisão do BC, que reduziu a alíquota de depósito compulsório sobre depósitos a prazo, de 31% para 25%, o analista acredita que ajudará a estimular a atividade econômica, que segue enfraquecida. "É uma boa notícia. Os últimos indicadores de atividade vieram fracos e decepcionaram. Pode ser que isso dê algum dinamismo ao crédito e ao consumo", estima.




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