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LG Philips investe US$ 5 mi em Capuava
Lana Pinheiro
Do Diário do Grande ABC
20/07/2006 | 08:52
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A placa com os dizeres “Em Obras” não se faz necessária, mas ela ficaria muito bem acomodada na frente da fábrica da LG Philips Displays, em Mauá, pelos próximos seis meses. Este será o tempo necessário para a empresa reformar o forno de fundição do vidro que é usado na produção das telas de televisores. Investimento que consumirá US$ 5 milhões.

Como retorno, a empresa projeta elevar de 177 para 200 toneladas/dia a capacidade de fundição do equipamento. “O peso é equivalente a 200 carros Gol”, compara o diretor da empresa José Duaik. A expansão será 100% usada para a fabricação de telas planas de 21”. “Produzimos também em tamanhos de 14” e 20”, mas a demanda por telas maiores e planas é uma tendência irreversível e com grande potencial de mercado”, completa o executivo.

Em unidades, a ampliação permitirá que a empresa produza anualmente 1,6 milhão de telas planas, contra 850 mil do ano passado. Vale a informação extra que, em 2004, somente 300 mil unidades do modelo foram produzidas, o que contabiliza crescimento de 433% em dois anos.

Além do ganho na quantidade, o investimento permitirá à companhia entrar em novo segmento: o de produção de telas para monitores de computadores. Os executivos ainda não falam em números, mas a perspectiva é de explorar tanto o mercado interno quanto o externo já a partir do próximo ano.

Dólar – A perspectiva de exportação, no entanto, está atrelada à melhora do câmbio. “Temos a esperança de que o dólar fique mais estável e pouco mais valorizado. Caso contrário, a competitividade dos produtos brasileiros no exterior continuará ameaçada”, explica Sérgio Ribeiro, responsável pelas fábricas de Mauá e Suzano.

Devido à valorização do real, os embarques externos que absorviam cerca de 20% da produção da empresa tiveram participação reduzida a 10% neste ano. O prejuízo para a unidade do Grande ABC só não foi maior porque o mercado interno cresceu e absorveu o excesso.

“Internamente, trabalhamos com rigor na melhoria de produtividade e qualidade dos produtos para tentar manter alguns clientes no exterior. Em paralelo, para minimizar os impactos macroeconômicos, aumentamos a oferta das televisões da marca no mercado interno e trabalhamos as vendas para terceiros”, explica o executivo.

Como única produtora do componente na América Latina, a LG Philips vende as telas de vidro para a Samsung no Brasil e para a mexicana Domex, que está sofrendo com as más condições da economia local e reduziu o ritmo de produção.

“Da produção de Mauá, 10% são vendidos a terceiros, mas queremos aumentar essa participação para 30% assim que este processo de ampliação estiver concluído”, explicou Ribeiro. Em Suzano, onde a empresa produz os cones de vidro que vão atrás das telas, as vendas para outras empresas absorvem 20% e também devem ser revistas.

“Hoje temos em Suzano um forno, uma prensa ativa e outra desativada. A nossa idéia é colocar a outra linha para rodar, o que dobrará nossa produção de cones”, antecipa José Duaik.



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