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Tio é acusado de furtar sobrinho
Por Fabio Leite
Especial para o Diário
28/12/2005 | 08:24
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O desempregado Alberto Pereira Rodrigues, 31 anos, foi detido na manhã de terça-feira acusado de furtar três aparelhos eletrônicos de uma casa no Jardim Eucalipto, em Diadema. Detalhe: a residência e os objetos roubados pertenciam ao gerente-comercial C.N.S., 26 anos, seu sobrinho. Segundo a polícia, Rodrigues confessou ter cometido o crime para saldar uma dívida com um agiota. A mercadoria, avaliada em R$ 2 mil, foi vendida por R$ 300 a um comerciante. Como não foi dado flagrante – o crime teria ocorrido no dia 22 deste mês – e Rodrigues não tem passagem pela polícia, ele responderá o processo em liberdade, enquanto inquérito policial investiga o caso.

O suposto autor do furto só foi descoberto após denúncia feita pelo próprio sobrinho, segundo a polícia. Há seis dias, a mulher de C.N.S. havia acabado de chegar em casa quando notou que o aparelho de som, a televisão e o DVD player haviam desaparecido da sala de estar. Ao iniciar sua própria investigação, C. descobriu o que já suspeitava: seus pertences haviam sido furtados e vendidos pelo próprio tio, que, segundo ele, tinha acesso fácil à sua casa. Mesmo desapontado, não comentou o caso. “Isso é assunto de família”, disse.

De acordo com a PM, Rodrigues afirmou que assim que pudesse iria repor a mercadoria furtada. Ao ser detido enquanto dormia em sua residência, o desempregado disse, de acordo com policiais militares, que queria ser levado ao 2º Distrito Policial da cidade, onde seu irmão é delegado. A ocorrência, entretanto, foi feita no 4º DP, que cobre a área em questão. A Polícia Civil, contudo, não confirmou o parentesco entre o acusado e o delegado.

Aos policiais, o comerciante R.F.S., 34 anos, afirmou que Rodrigues foi em sua loja oferecendo os três aparelhos eletrônicos por R$ 490. Segundo ele, o desempregado disse que estava vendendo a mercadoria porque tinha acabado de se separar. R. teria achado o valor alto e feito uma contra-oferta, aceita por Rodrigues. De acordo com ele, ambos foram juntos à casa do sobrinho do desempregado para pegar os aparelhos.

“O acusado se passou por proprietário dos objetos e levou o comerciante até a casa do sobrinho sem o conhecimento dele. O comerciante pensou que ele fosse o legítimo proprietário da mercadoria”, explicou o delegado Gentil de Oliveira Júnior, do 4º DP. De acordo com ele, a mercadoria furtada já foi devolvida ao verdadeiro dono, após a apresentação das notas fiscais.




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