No depoimento, tomado na Assembléia Legislativa do Rio, Ronaldo Ávila disse apenas que representa o banco suíço no país, não tendo acesso a informações sobre os correntistas brasileiros ou sobre as remessas de dinheiro à instituição.

Ainda nesta terça, alguns membros da CPI embarcaram para Brasília para participar de uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Eles devem se reunir com funcionários da Receita e da Polícia Federal, além do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e com o embaixador suíço.

Na segunda, a Polícia Federal já ouviu dois representantes da instituição financeira. Eles negaram conhecer os fiscais da Secretaria da Fazenda do Rio acusados de participar de um esquema de cobrança de propina, mas revelaram que ajudaram na transferência do dinheiro para a Suíça.

Também na segunda, o ex-fiscal Júlio César Nogueira não compareceu ao depoimento marcado na Delegacia de Repressão à Ações Criminosas Organizadas (Draco). O advogado de Nogueira, Clóvis Sahione, afirmou que o seu cliente passava por problemas pessoais, o que provocou o adiamento do depoimento.

BID — Em Brasília, a investigação sobre o desvio de dinheiro público no Rio de Janeiro toma outro rumo. Agora está sendo apurado o que foi feito com os R$ 50 milhões enviados ao Rio pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 1997. A verba seria utilizada para modernizar o sistema de cobrança de impostos e para a contratação de profissionais qualificados. No entanto, um levantamento do Ministério da Fazenda aponta que o Rio é um dos Estados menos desenvolvidos na área.