Nesta quarta-feira a programação conta com o documentário Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho, seguido da ficção de O Homem que Virou Suco, de João Batista de Andrade, e um programa formado por documentários de curta e média-metragem, como Maioria Absoluta, de Leon Hirszman, e dois clássicos de Geraldo Sarno, o excepcional Viramundo e Viva Cariri!.
Prossegue a partir de quinta-feira com documentários como A Pedra da Riqueza, de Vladimir Carvalho, Aruanda, de Linduarte Noronha, Congo, de Arthur Omar, e Subterrâneos do Futebol, de Maurice Capovilla, entre outros títulos notáveis. É uma seleção e tanto. Cobre décadas de história do país, ajudando a entender como o cinema participou – e ainda participa – da problemática de auto-entendimento do povo brasileiro.
Documentários como Aruanda e Viramundo surgiram nos anos 1960, contemporâneos da eclosão do Cinema Novo. Marcam uma fase em que o Brasil se descobria. Até existiram representações anteriores do povo brasileiro no cinema brasileiro, mas de maneira geral elas eram marcadas por estereótipos ou então destinavam ao personagem popular uma importância secundária. Com os diretores do Cinema Novo, o cinema brasileiro experimenta a necessidade de pôr na tela a cara do país. Arnaldo Jabor escreveu certa vez que foi um trabalho de mapeamento. Cada imagem era filmada como se os diretores estivessem (re)descobrindo o Brasil.
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