Cientistas franceses e americanos descobriram uma nova anomalia genética causadora de diabetes em recém-nascidos, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela revista especializada NEJM (New England Journal of Medicine).
O diabetes neonatal é uma doença rara que afeta uma criança num grupo de cem mil a quinhentas mil, segundo estimativas dos pesquisadores, e que pode ser causada por uma determinada quantidade de anomalias genéticas.
Os sintomas aparecem, em geral, antes dos seis meses e permanecem em cerca da metade dos casos. A outra metade dos pacientes se recompõem rapidamente, mas o diabetes pode reaparecer na adolescência ou inclusive mais tarde.
No estudo, cientistas que trabalham no Hospital Necker de Paris e no Instituto Pasteur de Lille, na França, descobriram que alguns casos de diabetes neonatal se deviam a uma mutação do gene ABCC8, que atua na regulação das trocas celulares.
Visto que nestes casos o pâncreas não fornece insulina suficiente ao organismo, os pacientes podem seguir um tratamento a base de sulfamidas hipoglicêmicas, que estimulam a secreção natural de insulina e evitam recorrer a injeções.
Como a disfunção é genética, os cientistas estudaram as famílias dos pacientes e encontraram pais que se revelaram diabéticos.
A mesma anomalia genética foi detectada no pai de um dos pacientes do estudo: o homem teve diabetes neonatal diagnosticada aos 13 anos. Após 24 anos tomando injeções de insulina, ele pôde suspender o tratamento e substituí-lo pelas sulfamidas.
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