Desta vez, Filippi pretende ficar fora por mais 20 dias, sendo a primeira etapa dedicada à última etapa da campanha antes do segundo turno, domingo, e 15 dias de descanso - ou seja, voltaria a assumir a Prefeitura em meados de novembro. "Quero tirar umas férias para colocar a cabeça no lugar e voltar para montar meu novo governo", garantiu ainda o candidato e prefeito. Pela LOM (Lei Orgânica do Munícipio), Filippi pode ficar fora da Prefeitura de 30 a 90 dias.
Há uma semana, Filippi explicou que fazia questão de comparecer ao evento da Ambev como prefeito porque, segundo ele, a iniciativa geraria mais empregos para a cidade e representava também uma conquista da atual administração. Outro motivo seria a presença do presidente Lula na inauguração, o que não ocorreu. Lula foi representado pelo ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini.
Mas o presidente enviou uma mensagem aos trabalhadores da AmBev e às autoridades locais, onde reforçou a atuação de Filippi como prefeito. Num texto enxuto, lido na íntegra pelo ministro, Lula apontou as melhorias da cidade como motivos para a instalação da empresa, como o fim das enchentes e a redução da violência. "Essa região de Piraporinha, por exemplo, onde hoje está o centro de distribuição da Ambev, enfrentava inundações que atormentavam os moradores há 30 anos. Foi o nosso prefeito e companheiro Filippi que conseguiu acabar com as enchentes na região", destacou Lula na nota.
Num momento de decisão como este, a mensagem reforça mais a tática dos petistas em evidenciar a proximidade do prefeito ao Planalto, mesmo num evento oficial. O tema eleição ficou fora dos discursos tanto do prefeito quanto de Berzoini, mas esteve nas presenças dos candidatos derrotados Gilson Menezes (PL), Francisco Luna (PFL) e Cesar Sonega (PRTB) - todos aliados do petista neste segundo turno.
Antecendentes - No primeiro turno, Filippi se afastou em julho e voltou no início de agosto - quando permaneceu por dez dias na Prefeitura. Mas com dificuldades de conciliar as agendas de prefeito e candidato, saiu novamente no dia 15 de agosto, permanecendo fora até a votação no dia 3. Uma semana depois do primeiro turno, deixou o cargo por mais dez dias. Essa licença remunerada terminou nesta segunda. Nos intervalos, o vice-prefeito Joel Fonseca assumiu a Prefeitura.
Por conta da lei, o prefeito pedirá autorização da Câmara para prorrogar o afastamento sem remuneração para tratar de assuntos pessoais. No entanto, a assessoria da Prefeitura declarou nesta segunda que o petista permanece no cargo e que a licença ainda não foi programada. Pela lei eleitoral, como candidato e prefeito, Filippi não poderia participar de inaugurações de obras públicas - o que não aconteceu neste caso.
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