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Hillary Clinton pede fim aos programas de planejamento familiar
Do Diário do Grande ABC
09/02/1999 | 12:43
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Hillary Clinton pediu hoje aos governantes mundiais que acabem com os programas de planejamento familiar "coercitivos" e permitam que as mulheres tomem decisoes próprias sobre reproduçao. ``O governo nao tem que se meter nas decisoes pessoais da mulher sobre ter ou nao filhos', disse a primeira dama americana, aplaudida por delegados no Fórum de Haia, uma conferência internacional sobre populaçao.

``Essa é uma decisao que deve ser tomada de forma livre e responsável, sem a coerçao do governo', disse Hillary, referindo-se a governos que proíbem o aborto, limitam os serviços de planejamento familiar ou, como a China, estabelecem limites rígidos sobre o tamanho das famílias.

Todas as mulheres, segundo ela, devem ter acesso a programas de planejamento familiar, inclusive aborto seguro. Mesmo em países em que os serviços de planejamento familiar sao escassos e o aborto ilegal, mulheres ricas conseguem acesso a esses serviços, disse Hillary. ``O que queremos é que todas as mulheres tenham o mesmo direto', disse ela.

Hillary falou a 1.500 delegados de 180 países reunidos em Haia esta semana para avaliar os progressos feitos depois da conferência da ONU sobre populaçao no Cairo, há cinco anos. O encontro resultou num plano de 20 anos para limitar o crescimento da populaçao e dar poder às mulheres em todo o mundo. Seu discurso de 30 minutos foi ilustrado por exemplos de aperfeiçoamentos alcançados desde a conferência do Cairo de 1994. Ela mencionou os projetos de planejamento familiar no Haiti, Indonésia, El Salvador e India.

O fórum, organizado pelo Fundo de Populaçao das Naçoes Unidas, começou nesta segunda-feira, com os oradores pedindo mais cooperaçao entre governos e organizaçoes voluntárias para atingir as metas estabelecidas no Cairo.

Hillary deveria abrir a conferência, mas adiou seu discurso para participar do enterro do rei Hussein, da Jordânia. O encontro deverá produzir um relatório de progressos na sexta-feira, que será enviado para um encontro da ONU em março em Nova Iorque.




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