O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse nesta quinta-feira temer que o governo aumente as alíquotas de impostos já existentes para compensar a perda de recursos com a
rejeição no Senado da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tinha como objetivo prorrogar até 2011 a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto que será extinto a partir de 1
o de janeiro de 2008.
“Não só temo como tenho certeza disso. É isso que o governo vai fazer”, declarou Guerra.
Para aumentar a alíquota de tributos como os IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), não é necessária a aprovação do Congresso Nacional.
O senador voltou a defender um novo modelo de reforma tributária, assunto que deve ser discutido em janeiro, mas não necessariamente durante uma possível convocação extraordinária do Congresso.
“Naturalmente, em janeiro, vamos discutir política fiscal. Não necessariamente na convocação em janeiro. Essa é uma questão que tem de ser vista na bancada e pelo líder”, disse Guerra.
Ao comentar a derrota da CPMF no Senado, Guerra lembrou que, há cinco meses, o PSDB avisou que daria os 13 votos contra a emenda. “Votamos unidos, sem constrangimento, sem perdas”, afirmou.