Julinho Fuzari (Cidadania) se reelegeu vereador e, desde o primeiro dia na Câmara de São Bernardo, adotou postura de oposição ao prefeito Orlando Morando (PSDB). Foram diversos vídeos, denúncias, acusações. Se lançou como candidato a deputado estadual disputando votos com a mulher do prefeito, Carla Morando (PSDB) – ela se elegeu para a Assembleia; ele, não. Depois do pleito de 2018, iniciou processo para ser prefeiturável. Passou a turbinar alguns aliados para sucedê-lo no Legislativo, intensificou discurso crítico ao Paço. Mas, no fim do ano passado, mudou de postura. Primeiramente, abandonou quem estava no projeto para herdar seu espólio eleitoral na Câmara. Em dezembro, fez agenda pública com Morando, no Jardim Jerusalém, com troca de afagos em vídeos. Anteontem, anunciou saída do Cidadania – que está na oposição ao tucano – e deve se filiar a uma legenda aliada a Morando para a eleição deste ano – o DEM surge como alternativa. É ainda cotado para ser vice do prefeito na tentativa de reeleição, embora assegure que por esse posto não estará nas urnas em outubro.

BASTIDORES

Mudança
Na Câmara de São Bernardo, vereadores questionam a postura de Julinho Fuzari (Cidadania) em trocar de lado às vésperas da eleição. A leitura de diversos parlamentares é que Julinho mais perde do que ganha ao passar de oposição a fiel aliado do prefeito Orlando Morando (PSDB). Isso porque ele afastou o eleitorado que o seguia por ser crítico ao tucano e é visto com desconfiança pelos munícipes que defendem a administração. Julinho falava nos corredores da Câmara que poderia ultrapassar a marca de 10 mil votos para vereador no pleito deste ano. A bolsa de apostas agora é que ele deve bater nos 5.000 depois de mudar de postura política.

Processos
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), entrou com processo de calúnia e difamação contra o ex-prefeito da cidade e presidente estadual do PT, Luiz Marinho, por duas postagens do petista nas redes sociais. Uma pelo fato de o petista ter associado Morando à desastrada ação da PM (Polícia Militar), em dezembro, em um baile funk – nove pessoas morreram à ocasião. A outra foi sobre um carro ‘radar’ que circulou pelo bairro Rudge Ramos. O tucano deve enfrentar o petista nas urnas neste ano.

Novo de Sto.André
A decisão da cúpula estadual do Novo em não autorizar o diretório da sigla em Santo André a lançar candidato a prefeito neste ano – que incluiu rejeição à chapa de vereadores – ainda repercute dentro da legenda no município. Embora o nome de José Luiz Ribas tenha sido barrado como pré-candidato da sigla à Prefeitura, muitos filiados têm questionado a conduta do presidente local, César Parluto, sobre o ocorrido. Há pressão para que haja troca no comando do partido na cidade.