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SOS Bairros - Cratera aberta pela chuva assusta moradores
Isis Mastromano Correia
Especial para o Diário
15/02/2007 | 22:35
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Vila Bocaina/Mauá
Os alertas dos moradores não foram suficientes para evitar que uma cratera se abrisse na rua João Pessoa, há pouco menos de um mês.

Depois de sucessivas chuvas desde dezembro, as famílias afirmam ter avisado a administração municipal que a via estava cedendo.

O resultado: o enorme buraco, com cerca de 30 metros de diâmetro, que agora impede o trânsito de veículos e atrapalha a passagem dos pedestres.

Agora, mesmo com as obras de reconstrução iniciadas, os moradores temem novas ocorrências. “Eles (a Prefeitura) demoraram demais para atender a gente. Tinha até uma placa colocada pelo pessoal do bairro para expressar o descaso dos políticos, mas acredito que eles (funcionários da administração) a retiraram”, diz o ajudante de mecânico Roberto Mendes. Os pedaços de asfalto caíram dentro de um córrego que passa pela rua.

De acordo com um dos operários que trabalha na reconstrução da via, as chuvas do último mês impediram que a obra fosse iniciada mais cedo. “Infelizmente, a gente conta com as condições do tempo para fazer nosso trabalho”, observa Douglas Santana, funcionário da obra.

A SSU (Secretaria de Serviços Urbanos) informa que um muro de arrimo, também engolido pela cratera, começará a ser reconstruído na próxima semana. A administração não se pronunciou quanto à reconstrução do restante da rua. (Supervisão de Adriana Gomes)

Parque João Ramalho/Santo André
Os insetos guardados em um recipiente de vidro pela administradora de empresas Viviane de Melo relembram o susto dos moradores da rua Taguá ao serem alertados por agentes de saúde de que existiam focos do mosquito Aedes aegypti no bairro.

De acordo com a vizinhança, a constatação ocorreu em dezembro. “Na época, os agentes nos mandaram entrar em contato com a Prefeitura, que deu prazo de um a 20 dias para fazer a dedetização na área, mas até agora ninguém apareceu”, conta Viviane, que acredita que o exemplar mantido no vidro seja do transmissor da dengue.

Segundo a moradora, os agentes esclareceram que a vistoria foi feita por conta de informação que apontava focos do mosquito na rua.

Quanto ao retorno dos agentes, a administração alega que os moradores devem ter se confundido. As equipes continuariam visitando as casas e demostrando como eliminar as larvas.

A Prefeitura informa ainda que não há nenhum caso registrado da doença no município e, quando um foco é localizado, os trabalhos de combate se intensificam no local.

Baeta Neves/São Bernardo
A quadra coberta do Madureira, na rua Fiorentino Felipe, tem apenas oito das 21 lâmpadas funcionando, as telhas estão caindo e os chuveiros dos vestiários vivem quebrados.

O espaço, que tem também um campo de terra, é a única área de lazer do bairro. No estacionamento da quadra coberta, vivem cerca de 30 famílias em um alojamento improvisado pela Prefeitura há mais de dez anos.

O cheiro forte do esgoto e o mato alto que cresce em volta das moradias completam o triste cenário da área.

“É horrível viver aqui. Nos prometeram um novo local para morarmos, mas até agora nada foi feito”, reclama a dona-de-casa Maria de Lourdes Pádua.

A Prefeitura informa que a quadra foi dada à associação de moradores do Madureira nos termos do sistema de comodato. O acordo prevê que a manutenção da área seja feita pelo Madureira, e o espaço pode ser devolvido, caso os moradores queiram.

A administração informa ainda que não foi estipulado nenhum prazo para remover os moradores da área, mas a Habitação municipal está avaliando o caso.



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