Quando "O Exterminador do Futuro 3 - a Rebelião das Máquinas" foi lançado em 2003, a sensação era de que a franquia havia chegado ao fim. Arnold Schwarzenegger estava mais interessado em ser o ‘governator' da Califórnia, James Cameron não quis dirigir o longa e o roteiro escolhido ficou um pouco capenga, indicando que não havia mais espaço para um próximo filme. O final apontando para o fatídico início da guerra entre humanos e máquinas na história era mais um indício.

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Mas eis que Hollywood deu um jeito de retomar a história sem Schwarzenegger. O resultado pode ser conferido a partir desta sexta-feira, nos cinemas do Grande ABC e de São Paulo, em "O Exterminador do Futuro: a Salvação". Com direção de McG, o filme dá um novo rumo para a trama ao colocar Christian Bale (o atual Batman) no papel do herói John Connor, agora crescido e longe de ser o franguinho mostrado nos dois últimos filmes da série.

A trama começa nos tempos atuais, quando o criminoso Marcus Wright (Sam Worthington, que rouba a cena do filme) está prestes a sofrer pena de morte por injeção letal. Em seguida, a história pula para 2018. Em meio a um cenário ao estilo "Mad Max", um John Connor adulto luta contra as máquinas da Skynet.

Marcus reaparece nesse futuro sem saber onde está. Prestes a ser atacado por um robô, ele é salvo pelo jovem Kyle Reese (Anton Yelchin), o mesmo que depois irá voltar ao passado e se tornar o pai de John Connor. Juntos, eles partem em direção ao local onde está a resistência comandada por Connor ao lado de sua mulher Kate (Bryce Dallas Howard).

Por sua vez, Connor é escolhido para liderar um plano para acabar com a Skynet. Ao mesmo tempo, precisa impedir que Reese seja encontrado e eliminado pelos inimigos antes de virar seu pai. O herói passa a correr contra o tempo para cumprir as duas missões, mas tudo em que ele acredita é colocado à prova quando é descoberto que Wright é metade homem, metade máquina.

Mais conhecido por videoclipes e séries de TV, o diretor McG mostra neste ‘Terminator' que evoluiu no cinema após ter feito os dois "As Panteras" (2000 e 2003). O filme consegue dosar bem ação e história, deixando o espectador sem fôlego durante quase todo o longa. Mesmo sendo um típico ‘blockbuster' americano, com diálogos inflados e atuações um tanto forçadas (principalmente no caso de Christian Bale), quem é fã da franquia não sairá decepcionado.

Referências - Para melhor contextualizar a história, várias referências aos filmes anteriores foram dadas em "O Exterminador do Futuro: a Salvação". Dentre elas, Linda Hamilton reaparece como Sarah Connor, mas apenas em voz, em gravações ouvidas por seu filho. Além disso:

- Depois de proferir a célebre frase "I'll Be Back", Christian Bale coloca a música do Guns N' Roses "You Could Be Mine", tema do segundo ‘Terminator', para tocar em um rádio antigo. Assim como no outro longa, isso acontece durante uma sequência com motos.

- E apesar de não ter atuado neste longa, Schwarzenegger reaparece mais uma vez como o T-800. Para inseri-lo digitalmente no filme, um molde do corpo do ex-ator, criado quando ele interpretou pela primeira vez seu famoso personagem, serviu de base para a realização da empreitada.


Relembre os ‘Exterminadores' anteriores

Do Diário OnLine

"O Exterminador do Futuro" (1984): No primeiro filme da série, Arnold Schwarzenegger encarna pela primeira vez o papel de um ciborgue vindo do futuro. Sua missão é eliminar Sarah Connor (Linda Hamilton), mãe de John Connor, que mais tarde se tornará o líder da rebelião contra as máquinas. Do lado dos humanos, Kyle Reese (pai de Connor, interpretado por Michael Biehn) também volta no tempo para proteger Sarah. A direção é de James Cameron.

"O Exterminador do Futuro 2: o Julgamento Final" (1991): Considerado por muitos o melhor filme da série, o longa também foi dirigido por Cameron. Schwarzenegger volta como um robô, mas, desta vez, enviado pelo próprio John Connor adulto para proteger sua versão adolescente (vivida por Edward Furlong) de uma ameaça maior: o ciborgue T-1000 (Robert Patrick), feito de metal líquido e capaz de adquirir diferentes formas. Linda Hamilton também retoma o papel de Sarah Connor.

"O Exterminador do Futuro 3 - a Rebelião das Máquinas" (2003): O terceiro filme da série foi o primeiro sem James Cameron na direção, que ficou a cargo de Jonathan Mostow, e sem Sarah Connor, já morta na história. Schwarzenegger segue como um robô bonzinho, enviado do futuro para proteger Connor (Nick Stahl) e sua futura esposa, Kate Brewster (Claire Danes). A vilã da história é a ciborgue T-X (Kristanna Loken).