O Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta segunda-feira o pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa de Carla Cepollina, 40 anos, namorada do coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63, encontrado morto no último dia 10.
Segundo a mãe de Carla, a advogada Lilian Prinzivalli, o pedido havia sido feito alegando violência e coação ilegal. Como a solicitação foi rejeitada, a namorada de Ubiratan poderá presa em caso de indiciamento pelo crime.
O pedido foi analisado pelo desembargador José Orestes de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal. Carla é a principal suspeita da morte de Ubiratan.
No sábado, a advogada divulgou uma nota à imprensa enumerando 18 tópicos em sua defesa, afirmando que está ‘farta e indignada’ com a situação e que está sendo desrespeitada e perseguida pela mídia.
Histórico - Ubiratan Guimarães ficou conhecido por comandar, em 1992, a operação na Casa de Detenção de São Paulo que resultou na morte de 111 presos, no episódio que ficou conhecido como o massacre do Carandiru. Em 2001, o coronel chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelas mortes, mas no começo deste ano o Tribunal de Justiça paulista anulou o julgamento e o absolveu.