No segundo dia de seminário, o grupo de trabalho 'Relações de Trabalho e Trabalho Decente' teve como tema principal trazer as diretrizes propostas pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) para as empresas do Grande ABC.

"Devemos assegurar um ciclo de investimentos, além de um desenvolvimento sustentável, sem que haja a precarização das condições de trabalho", disse o coordenador de projetos da OIT no Brasil, Paulo Sergio Muçouçah.

Sindicalistas, empresários, professores universitários, representantes de comissões da Volkswagen e da Mercedes-Benz, além de membros do Dieese, Sebrae, Senac e Fundação Florestan Fernandes, entre outras entidades que participaram do debate, propuseram diversas soluções para combater a crise sem que haja degradação das relações de trabalho ou desemprego.

Entre as 25 propostas feitas pelo grupo de trabalho destacam-se: ampliar seguro desemprego para todos os trabalhadores demitidos e assegurar sua qualificação nos municípios; aprovação de lei para regular a terceirização, inclusive para assegurar a representação sindical dos terceiros dentro da empresa; garantir que todas as contratações no serviço público sejam via concurso, assegurando a estabilidade do servidor; garantir, através de políticas públicas, acesso dos trabalhadores à educação de qualidade, à qualificação profissional e à saúde; e a criação de um fundo de solidariedade, com participação do Estado.

"Diversas dessas propostas sairão daqui e ganharão força. Muitos empresários da região não conhecem as resoluções da OIT que vão ser votadas no meio do ano pelo presidente Lula", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Mauá, Edílson Paula, que também coordenou os trabalhos durante o debate.