"Baseando-se em táticas de incitação nunca usadas na guerra do Golfo, em 1991, os militares iraquianos infligiram graves danos esta semana", inclusive em tanques pesados americanos e helicópteros Apache, afirma The Washington Post em um artigo do jornal desta quinta.
Os militares americanos estão "impressionados com a adaptação das táticas iraquianas e sua vontade de combater, fatores que parecem ter sido subestimados por alguns membros no Pentágono em relação à (pobre) performance do Iraque há 12 anos", segundo o Post.
As forças da coalizão acreditavam que o exército iraquiano desmoronaria como um castelo de cartas como ocorreu na guerra do Golfo em 1991, quando milhares de soldados se renderam sem combater. Acreditava-se que a única dificuldade seria a Guarda Republicana leal a Saddam.
"Ao contrário, os iraquianos recorreram à clássica guerra de guerrilhas, aprendendo táticas tão diversas como as empregadas em Mogadíscio, Bósnia, Kosovo, na antiga União Soviética e inclusive no Vietnã", de acordo com uma análise no jornal Knight-Ridder.
Saddam "aprendeu muito" desde 1991, destaca o New York Times. "É claro que Saddam foi à escola em Kosovo. Aprendeu a maneira como atacam os americanos", declarou um oficial do Pentágono ao Times.
Anthony Cordesman, do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais de Washington, disse ao Knight-Ridder que as forças da coalizão "podem ter fatalmente subestimado que os iraquianos se sentem como patriotas nacionalistas". "O fato de serem contrários a Saddam não significa que gostem de nós", acrescentou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.