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La Niña custará R$ 500 mi ao consumidor brasileiro de energia
15/10/2010 | 07:15
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O fenômeno La Niña vai custar ao consumidor brasileiro de energia a soma de R$ 500 milhões. Segundo o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp, esse é o valor necessário para a geração térmica durante o período seco, enquanto os reservatórios das hidrelétricas estiverem em baixa.

O ONS está despachando cerca de 7.000 megawatts (MW) em térmicas e a tendência, disse Chipp, é que as usinas só sejam necessárias até novembro. "Há sinais de mudança da hidrologia", afirmou o executivo, contando que no subsistema Sudeste-Centro-Oeste, o nível de chuvas atingiu 120% da média histórica na última semana.

Hoje, os reservatórios da região estão com 47% de sua capacidade, seis pontos percentuais acima do nível meta. Já no Nordeste, o nível é de 44%, um ponto percentual abaixo da meta. Chipp descartou risco de desabastecimento ao afirmar que as térmicas podem garantir o suprimento enquanto não chover.

"A situação é bem diferente de 2007/2008, quando tivemos que ligar as térmicas a óleo", argumentou. Naquela época, o custo da segurança ultrapassou os R$ 2 bilhões. Há hoje capacidade térmica instalada de 14 mil MW no País. Essas usinas podem continuar gerando, a partir de dezembro, caso as previsões de chuvas não se confirmem.

Ao todo, a geração térmica deve custar ao País R$ 1 bilhão, incluindo as usinas ligadas por terem baixo preço de energia e aquelas acionadas para poupar água nos reservatórios. O valor é dividido entre todos os consumidores de energia do País.

A decisão por ligar as térmicas é do comitê de monitoramento do setor elétrico, que inclui governo e agentes do setor. Chipp disse contar ainda com o horário de verão, que se inicia à meia noite de sábado, dia 16, para garantir alguma economia na geração de energia.

Segundo ele, a redução no horário de ponta será de 2.500 MW, energia suficiente para abastecer 70% da região metropolitana de uma cidade como o Rio de Janeiro. Isso significa redução de R$ 80 milhões por ano nos gastos com geração de energia. Ou, sob outro ângulo, elimina a necessidade de construção de térmica de R$ 2 bilhões no sistema elétrico.




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