Neste domingo as ex-alunas da primeira turma do Curso Normal (Magistério) do Colégio São José, em São Bernardo, celebrarão os 50 anos de formatura
Neste domingo as ex-alunas da primeira turma do Curso Normal (Magistério) do Colégio São José, em São Bernardo, celebrarão os 50 anos de formatura. Professor Ceccato, que cuida da memória da escola, informa que foram localizadas quase todas e estará presente um dos professores de então, Eliseu Fedri. Será na própria escola, com missa na capela às 10h e foto do grupo.
O grupo é integrado por Ana Maria César, Dirce Puertas Rodrigues, Dulce Maria Sampaio, Eise Ferraz, Élide Magnani, Emília Iwai, Judith Martins, Luzia Menezes Passos, Maria Helena Bedin, Maria Elisa Lopes, Maria Lúcia Caio, Mirtes Roque, Mônica Laczynski, Neide Boriero, Selma Leonardo, Terezinha Nardi (ex-irmã Maristela) e Vera Luzia Sargo.
Viva a chama da vida
Texto: Vera Luzia Sargo de Melo Lima
Em 1956 iniciamos o Pré-Normal, que equivalia ao 1º ano do curso de três anos. O grupo era um pouco maior, porém houve algumas transferências ou desistências e, infelizmente, o falecimento da colega Marli, que muito nos chocou. Era o ano básico. Alguns dos professores só estiveram conosco até ali, casos de Eliseu Fedri (História), Eunice Vilela (Ciências) e Jesuína (Educação Física).
Em 1957 fomos para o prédio novo. E aí o grupo se estabilizou: 17. Havia o grupo das internas: Ana Maria, Dulce, Emília, Luzia (a mineira), Bedin (Maria Helena) e Mônica. E o grupo das moradoras de São Bernardo: Élide, Dirce e Judith. Tínhamos a irmã Maristela, religiosa palotina e a turma de Santo André. Estas terminaram o antigo ginásio no Colégio Padre Luís Capra (hoje Instituto Coração de Jesus) e, como não havia o Normal em escola particular da cidade, rumaram para São Bernardo, com as aventurosas viagens diárias nos ônibus da Viação ABC.
Éramos: Maria Elisa, Maria Lúcia, Mirtes, Neide, Selma e Vera Luzia. Turma alegre, irreverente, muito amiga. Verdadeiras molecas. Curtíamos umas brincadeiras inocentes. No auge dos 17 anos, escorregávamos no chão impecavelmente encerado e nos intervalos brincávamos de lingüiça no fundo da sala. Nos estudos, porém, dedicadíssimas.
Nosso preito às educadoras: irmã Celina, tão suave, na Direção-Geral, irmã Arcângela, nossa diretora, enérgica, que tentava esconder o riso diante de nossas travessuras. Nossas professoras religiosas: irmã Cândida (hoje irmã Adélia) em Português, irmã Tarsila, em Matemática, irmã Eletha, nas Artes.
Nos segundo e terceiro anos entraram as matérias específicas, complementando o currículo: professora Adalgisa de Barros Rangel, em Sociologia e as jovens professoras, recém-saídas do Instituto Sedes Sapientiae, trazendo-nos a oportunidade de aprender da melhor fonte: sua mestra, Mére Cristine (madre Cristina), exponencial pedagoga da época.
Nosso tributo às queridas Arlete Azevedo de Paula (Didática e Metodologias), Arlete Eli Faccio (Filosofia e História da Educação), Stella Whitaker (Biologia). Quisera termos notícias!
Que força exerceu em nós e em nossas vidas este período de estudos! Fizemos outros cursos de nível superior, constituímos família, exercemos diferentes profissões. A maior parte trilhou realmente o caminho do Magistério e o fez e faz com dignidade e amor.
Hoje a maior parte é de avós, belas senhoras, todas realizadas e modestas. Aí vem o melhor: quando nos encontramos, a mesma alegria, o coração em festa, a certeza de que valeu e vale a pena uma vida bem vivida, seguindo princípios e valores cristãos, com otimismo, sempre em busca de uma nova esperança.
Sylvia Esquivel
O corpo da professora Sylvia Ramos Esquivel foi sepultado anteontem no Cemitério Municipal de Diadema. Ela faleceu na véspera, em Santos, onde residia. Natural de Serra Negra, tinha 95 anos de idade e era viúva do ex-prefeito e também professor e historiador Evandro Caiffa Esquivel. Ao lado do marido, foi uma das líderes autonomistas de Diadema, há 50 anos, e a primeira historiadora da cidade, além de ser carinhosamente chamada de A Eterna Primeira Dama.
Dona Sylvia é autora do livro Diadema, sua História (João Scortecci Editora; São Paulo: 1988). Em 200 páginas ela narra a história da cidade. O livro reúne uma iconografia importante, como uma foto clássica de 1928 da Vila Conceição, em que aparece a antiga Estrada Zuvuvus, hoje Presidente Kennedy, que liga São Paulo a Diadema.
Preocupada com o registro da História de Diadema, Sylvia Esquivel ofereceu ao Centro de Memória local todo o seu acervo. Uma parte deste material integra a exposição sobre os 50 anos da autonomia que poderá ser vista até o final de janeiro de 2009 no Centro de Memória de Diadema, na Avenida Alda.
Domingo, 7 de dezembro de 1958
Santo André - O ex-prefeito Luiz Boschetti tenta reorganizar o Aero-Clube.
Utinga - Parecer da Divisão Territorial, Administrativa e Judiciária do Estado diz que a divisa entre os 1º e 2º Subdistritos será o Rio Tamanduateí e não a Estrada de Ferro Santos a Jundiaí.
HOJE
Dia Nacional do Cirurgião Plástico, Dia da Costa do Marfim e Dia do Casal.
EM 7 DE DEZEMBRO DE...
1848 - Luiz Carlos Martins Pena, ou simplesmente Martins Pena, escritor nascido no Rio de Janeiro, falece em Lisboa. Hoje é nome de teatro em São Bernardo.
1968 - São Bernardo Tênis Clube realiza o Baile dos 15 Mais do Grande ABC e dos mais elegantes de 1968, com transmissão pela TV Tupi.
SANTOS DO DIA
Ambrósio de Milão, Eutiquiano, Fara, Maria Josefa e Martinho.
Ambrósio foi bispo de Milão e doutor da Igreja. Faleceu em 397.
Martinho foi abade de Saintes e viveu no século 6.
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quinta-feira, 7 de dezembro de 1978
São Bernardo - Funcionários elegem a Chapa 1 para o Conselho do Instituto Municipal de Previdência: Antonio Vanzella, Elói Bof, José Bueno Lima, Avelino Lourenço Batista e Antonio Cardoso.
Diadema - Caminhão causa desastre e desabamento no Taboão.
Editorial - Inundação continua servindo à demagogia
Serviços Funerários: Santo André - 4992-3544; São Bernardo - 4125-1645; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.
Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC
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