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Com reajuste, gás pode chegar a até R$ 82 no Grande ABC

Revendedores da região afirmaram que insumo já está na média de R$ 2 mais caro

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/12/2019 | 07:26
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Denis Maciel/DGABC


O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) recebeu aumento de 5% nos preços das refinarias, conforme anunciado ontem pela Petrobras. Com isso, o consumidor já pode encontrar o botijão de gás de 13 quilos ao custo de pelo menos R$ 2 a mais na região, que custará, em média, R$ 72,73, podendo chegar a até R$ 82.

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), tabulados pelo Diário, na semana passada o botijão custava entre R$ 60, em revendas situadas em São Bernardo e Mauá, e R$ 79,99, em São Caetano.

Considerando todos os aumentos anunciados pela Petrobras neste ano, o insumo já teve reajuste de 10% – esta correção foi a terceira seguida. Apenas para efeito de comparação, o IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do País, registrou alta de 3,12% no acumulado do ano até novembro. Ou seja, o gás subiu mais de três vezes a inflação.

O economista e coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, afirmou que a alta acompanha a oscilação no valor do câmbio (R$ 4,05). “É um peso considerável no orçamento, principalmente das famílias mais pobres. A boa notícia é que o governo tenta uma abertura no mercado de gás para atrair novos competidores e reduzir ou encerrar o monopólio da Petrobras.”

O proprietário de revenda no Parque João Ramalho, em Santo André, Denis Silva, contou que que já incorporou o reajuste ao preço do botijão. Para retirada, o custo foi para R$ 73 e, para entrega, R$ 80. “Não tem como segurar. Fica inviável não repassar 10% de reajuste”, defendeu.

Já Florisvaldo Batistuci, funcionário de revenda no Campestre, na mesma cidade, afirmou que não vai repassar. “O mercado está muito complicado, então vamos embutir o aumento no lucro”, contou. Para entrega, o botijão está R$ 75, e para retirada, R$ 67.

O Sindigás afirmou, em nota, que os preços do GLP não possuem tabelamento e, por isso, “sofrem variações para cima e para baixo de maneira não uniforme”. “Como o mercado tem autonomia para fixar seus preços, cabe ao consumidor pesquisar aquele revendedor que tem condições comerciais mais vantajosas.”

Segundo a Petrobras, “como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas podem ou não se refletir no preço final, que incorpora tributos e repasses dos demais agentes do setor de comercialização, como distribuidores e revendedores.” 




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