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Sindicato realiza atos contra carteira de trabalho verde e amarela
Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
10/12/2019 | 12:45
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Nario Barbosa/DGABC


O SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) realizaram protesto contra a MP (Medida Provisória) 905, que instituiu a carteira de trabalho verde e amarela. Além de panfletagem na portaria da Volkswagen e nos terminais de trólebus de São Bernardo e Diadema, o ato se concentrou na Rua Marechal Deodoro, com distribuição de panfletos e apresentação de faixas, e na Praça da Matriz.

Anunciado em novembro deste ano pelo governo federal, o programa verde e amarelo é destinado principalmente a contratação de jovens de 19 a 29 anos com redução de até 34% dos custos do empregador com desoneração da folha de pagamento. Nesta modalidade, as empresas possuem isenção da contribuição patronal do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e redução da multa do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de 40% para 20%.

O presidente da entidade, Wagner Santana, o Wagnão, afirmou que a medida precariza o emprego e o mercado de trabalho."O patrão vai preferir esse tipo de contratação do que a normal e o trabalhador vai ganhar menos com isso", disse. O teto de remuneração para quem for contratado pela carteira verde amarela é um salário mínimo e meio (R$ 1.497).

O sindicalista também falou sobre o impacto no poder de consumo das famílias. "Ela tira o dinheiro da classe trabalhadora, que é de fato, aquela que mais movimenta o PIB (Produto Interno Brasileiro). Isso porque 70% da responsabilidade do PIB brasileiro é do consumo e quando você tira dinheiro das famílias, se tira dinheiro daquele que tem mais condições de movimentar a economia. Portanto ela é contra a lógica de recuperação de economia", disse.

A medida está em vigor, mas ainda deve ser aprovada pelo Congresso. A MP perde a validade no fim de 2022 e o governo projeta a criação de 4 milhões de empregos até lá.  




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