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Ganhador do Desafio quer ajudar no avanço da ciência

Guilherme Bolutavicius, 17 anos, pretende cursar astronomia e auxiliar desenvolvimento do País

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
28/11/2019 | 07:00
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Nário Barbosa/DGABC


Ciência e cultura. Essas foram as palavras de ordem do texto escrito por Guilherme Fabrício Bolutavicius, 17 anos, aluno do Colégio Jean Piaget, em São Bernardo. Vencedor de bolsa integral para curso superior, principal prêmio da 13ª edição do Desafio de Redação, o jovem, residente em Santo André, pretende cursar astronomia e, assim, contribuir no desenvolvimento da ciência.

“Pretendo ficar aqui (no País) por enquanto para estudar e tentar ajudar o Brasil a crescer nessa área científica, mas, futuramente, gostaria de ir para algum outro país”, afirma. “Não temos investimentos grandes (na ciência), porém, alguns países vizinhos têm. O Chile é cheio de telescópios e locais para trabalhar.”

Bolutavicius relata que sempre gostou de matemática e físcica, mas a decisão de estudar astronomia se deu no ano passado, quando visitou feira de profissões. Estudar sobre o assunto é um hobby. “Eu pesquiso muito, vejo aulas de faculdades disponíveis na internet, e compro vários livros sobre o tema.”

No momento que foi escrever a redação, cujo tema foi A Região Que Eu Quero Em 2030, o jovem se inspirou no Sirius, acelerador de partículas do tipo síncrotron instalado em Campinas, no Interior. “Ter um projeto tão grande no Brasil é superinteressante e eu realmente gostaria que tivéssemos projetos assim na região. Isso incentivaria os jovens a se interessarem pela ciência.”

Em relação à cultura, o adolescente sugere que o poder público invista na criação de museus e facilite o acesso a exposições artísticas. O quadro Noite Estrelada, do pintor holandês Vincent Van Gogh, foi mencionado na dissertação de Bolutavicius. “Uma noite qualquer seria as outras regiões e a minha noite estrelada é o Grande ABC, onde vivo e cresci.”

O jovem assinala que fez rascunho do texto – que será publicado na íntegra no domingo no D+. Contudo, mostrou à professora, que fez alguns apontamentos, momentos antes do início do desafio. “Foi tudo tão de improviso que, para mim, não era suficiente para ganhar. Fiquei realmente surpreso”, descreve. “Conquistar essa vitória é muito gratificante.”

O concurso foi promovido pelo Diário e pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e teve patrocínio do Cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá, e apoio institucional do Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental) de São Caetano. O evento final contou com patrocínio da Ecovias.




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