“De Eldorado, Diadema, consegue-se ouvir os roncos dos carros de corrida em Interlagos.”

Cf. testemunho de moradores do bairro

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Choveu forte em São Paulo no domingo 26 de novembro de 1939. De tal maneira que a inauguração do autódromo de Interlagos marcada para aquele dia foi adiada. No dia seguinte informou-se que a inauguração havia sido transferida para abril, “depois da estação das chuvas”. 

Haveria outros adiamentos, nem tanto pelas condições climáticas e sim porque o acesso a Interlagos era muito difícil, dada as condições dos caminhos que levavam às duas represas, a velha (Guarapiranga) e a nova (Billings). E o autódromo foi inaugurado em 12 de maio de 1940.

Outras obras monumentais realizavam-se naquele tempo, uma delas a do Estádio do Pacaembu, na qual foram usados muitos milheiros de tijolos de olarias de Santo André. Em novembro de 1939, na presença do prefeito Prestes Maia, foram feitas experiências para a instalação de alto-falantes no estádio, cuja inauguração ocorreu em 27 de abril de 1940.

Outra obra desta época foram os túneis da Avenida 9 de Julho, sob o Trianon. Em novembro de 1939 realizavam-se serviços de acabamento, entre os quais os de instalação elétrica.

UMA METRÓPOLE

São Paulo transformava-se em metrópole, 80 anos atrás. E uma pauta comum dos jornais, sobre novas profissões, dá uma ideia desta transformação paulistana. Surgia a figura do demolidor de construções, responsável pela derrubada de prédios em estrutura de taipas para abrir espaço aos grandes arranha-céus.

Outras profissões nascentes no fim da década de 1930, quando irrompia a II Guerra Mundial, são relacionadas em reportagem do Estadão: 

- Empregos decorrentes da arte e da indústria do cinema, do estrelato ao lanterninha.

- Aeromoço, o garçom de aeroplono.

Sobre o profissional demolidor, informava o jornal: “Entramos no período das imensas construções, das grandes reformas. Abrem-se avenidas para desobstruir o trafego, erguem-se arranha-céus” (cf. edição de 29 de novembro de 1939).

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