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Rio Grande da Serra procura médicos
Por Deborah Moreira
Do Diario do Grande ABC
09/11/2010 | 07:00
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Rio Grande da Serra precisa de pelo menos seis médicos plantonistas em regime de urgência para o único PA (Pronto-Atendimento) da cidade, aos fins de semana e segunda-feira. O local atende 300 pessoas por dia, em média.

Desde agosto, quando terminou contrato emergencial com MRF Médicos Associados, que gerenciava os médicos do PA Central, o local ficou sem profissionais em três dias: 7 de setembro, 16 de outubro e ontem.

 "Estamos sem plantonistas fixos aos sábados, domingos e, agora, às segundas-feiras. A dificuldade de manter profissionais no município é porque é longe dos demais da região e o plantonista, que geralmente faz plantão em diversos locais, acaba optando por pontos mais próximos entre si", explicou Carlos Eduardo Silva, secretário de Saúde.

Para resolver a situação, o município planeja contratar uma organização social para gerenciar os médicos do lugar. Carlos Eduardo garante que até fim do mês o município decidirá entre as duas organizações inscritas no processo: Fundação ABC ou Pró-Saúde.

Os atuais 12 plantonistas têm se revezado para cobrir os fins de semana e não deixar população sem atendimento. No entanto, o número de profissionais deve diminuir depois do ocorrido no domingo à noite, quando uma paciente e seu marido invadiram o refeitório do PA, onde o único médico de plantão jantava. "Ele chegou a ser agredido verbalmente e ameaçado fisicamente pelo marido da paciente, que sentia dores. Mas, o médico estava sem almoçar e saiu para jantar por volta das 21h", explicou Marli Pereira Campos, diretora técnica do PA.

Segundo ela, a polícia precisou ser chamada para conter os ânimos e o médico pediu demissão imediatamente e não compareceu no plantão de ontem. Outros dois colegas que também fariam o plantão não foram trabalhar. Um deles, pediu exoneração por fax.

O secretário lembrou que foi realizada uma licitação para contratação de nova empresa para gerenciar médicos. Porém, por recomendação do Ministério Público, não contratou a empresa vencedora por estar sob investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime), da Procuradoria-Geral de Justiça.

Desde então, vem sendo feito processo de contratação direta de médicos temporários. No primeiro, 14 foram chamados. Destes, dois desistiram. Em um novo processo de contratação, a Prefeitura chegou a publicar, no domingo, anúncio nos classificados de emprego de um grande jornal da Capital. "Até que se normalize com a entrada da organização social, vamos continuar contratando em regime emergencial e conscientizando os profissionais sobre a necessidade do atendimento", declarou o secretário.

Para a vaga, o contrato é de seis meses e o pagamento é R$ 825, por plantão, com no mínimo oito plantões realizados ao mês.




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