De acordo com Gínez Garcia, funcionário da Assessoria da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Inclusão Social e Habitação da Prefeitura de Santo André, o projeto visa à capacitação da equipe de profissionais da CTR para que eles possam promover a qualificação e ampliar a colocação dessas pessoas no mercado de trabalho. A expectativa é que até o final do ano agentes de atendimento, selecionadores e captadores de vagas da agência pública de emprego sejam capacitados para lidar com as especificidades que envolvem as deficiências visual, auditiva, física e mental. Para Garcia, a maior procura pelo projeto seria de deficientes físicos, embora o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponte que a deficiência visual é preponderante no Brasil.
"Uma pessoa com deficiência é, antes dessa condição, um cidadão, mas tanto os selecionadores quanto os empregadores precisam de informações corretas sobre o potencial desse segmento", afirma. De acordo com Garcia, além das dificuldades normais do mercado, os deficientes têm problemas adicionais por causa do preconceito. "De um modo geral, empregadores e agentes de recolocação não sabem, por exemplo, que um jovem com baixa visão, entre 10% e 15%, pode perfeitamente concorrer a uma vaga de office-boy, exercendo todas as funções do cargo", explica.
Além das oficinas de sensibilização e capacitação, o projeto prevê visitas às instituições parceiras e empresas que já empregam deficientes.
De acordo com a Lei de Cotas, de 1991, regulamentada em 1999, todas as empresas com mais de 100 funcionários devem ter em seus quadros entre 2% e 5% de pessoas com deficiência.
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