Política Titulo Segundo presidente da companhia
Sabesp espera fechar acordo com Mauá em breve
Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/11/2019 | 06:57
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André Henriques/DGABC


O presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Benedito Braga, reconheceu ontem que as negociações em torno da concessão da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) têm avançado “muito fortemente”. Em visita a Santo André, ao lado do prefeito Paulo Serra (PSDB), o dirigente da empresa admitiu diálogo próximo com o chefe do Executivo mauaense, Atila Jacomussi (PSB), estimando sacramentar o acordo com o Paço “em questão de semanas”. “Há expectativa de que nós, brevemente, anunciemos que Mauá será atendida também pela Sabesp.”

A exemplo de Santo André, Mauá acumula dívida de cerca de R$ 2,8 bilhões – quantia não reconhecida pela Prefeitura –, que se arrasta desde a década de 1990 devido à falta de pagamento integral da tarifa do metro cúbico de água no atacado, além da quebra de contrato para municipalização dos serviços. Constam ainda no cenário problemas recorrentes de abastecimento em algumas regiões da cidade, principalmente no período de verão, quando aumenta o consumo. A diferença em relação ao município vizinho, contudo, é que o Paço mauaense já terceirizou no passado o serviço de esgoto, nas mãos da BRK Ambiental, restando apenas a distribuição de água.

Braga evitou falar sobre período e montante envolvidos na concessão em tratativas, sob alegação de não poder divulgar o teor neste momento por se tratar de empresa de capital aberto na bolsa de valores de Nova York. “O que posso afirmar é que o prefeito Atila já tinha conversado no passado, voltou (a aprofundar) mais firmemente (nos últimos dias) e que preparou plano necessário para fazermos a contratualização”, emendou. Nos bastidores, o elo abrange possível convênio de 30 a 40 anos, com abatimento do passivo total e investimento entre R$ 200 milhões, que teria sido oferecido pela empresa, e R$ 400 milhões, sugerido pelo Paço.

Superintendente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza se reúne hoje com os parlamentares de Mauá na sede do Legislativo – ele foi chamado no encontro para esclarecer dúvidas a respeito da negociação em andamento. “O próximo passo, (registra-se), a Câmara tem que aprovar lei autorizativa (ao contrato).

Os vereadores têm que tomar essa decisão, senão Mauá não possui água suficiente no próximo verão para abastecer a população. Eles sabem disso e nós estamos levando a proposta. Se houver autorização, a Sabesp pode imediatamente, depois da assinatura, fazer o que estamos fazendo em Santo André”, citou, se referindo aos aportes na rede. “Tem que aprovar o mais rápido possível. Para nós, tem que aprovar na próxima sessão. Já existe minuta pré-elaborada.” 




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